Executivo exige desarmanento da Renamo e partido liderado por Afonso Dhlakama insiste em governar nas províncias no centro e norte de Moçambique.
O Governo moçambicano diz que apesar da suspensão do diálogo político com a Renamo mantém-se optimista quanto ao desfecho deste processo, contrariando o cepticismo reinante em alguns sectores da sociedade civil.
O vice-ministro da Defesa Nacional, Patrício José, afirma não estar preocupado com a interrupção dos trabalhos da comissão mista porque o mais importante é o processo ter começado.
A comissão mista foi criada para, com o apoio de mediadores internacionais, preparar o encontro entre o Chefe de Estado, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que se espera venha a encontrar soluções mais estruturais para a presente tensão militar.
Afonso Dhlakama, por seu lado, exige que seja a Renamo a governar nas províncias onde obteve o maior número de votos nas eleições legislativas de 2014.
Há quem acredite que o Chefe de Estado possa até resolver esta questão, através da nomeação de indivíduos indicados pela Renamo, para governadores provinciais.
Entretanto, a questão que se põe é qual é o elemento de troca da Renamo?
O Governo exige o desarmamento da Renamo, o que não parece que seja aceitável da parte de Afonso Dhlakama porque os homens armados são um elemento de pressão sobre o Governo.
Depois de uma semana de negociações entre Governo e Renamo, os mediadores internacionais suspenderam na quarta-feira, 27, as conversações por um período de 10 dias.
Fonte: Voz da América
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