Editorial |
Escrito por Redação em 26 Agosto 2016 |
Se a situação já era crítica, a cada dia que passa tende a piorar. Centenas de famílias, sobretudo na região Centro do país, já ambandoram as suas habitações e machambas. Centenas de crianças deixaram de ir à escola. Dezenas de viaturas foram queimadas. O trânsito entre o Norte, Centro e Sul de Moçambique é condicionado. Ainda, por causa dessa conflito armado cujo mote é até então inconfessável, o país atravessa o seu pior momento económico, com tendências catastróficas. Quando parecia que havia luz verde no fundo do túnel, com o documento partilhado pela comissão mistade preparação do encontro entre o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, e o líder do principal partido da oposição, Afonso Dhlakama, eis que a situação mudou de figura. Estava claro que havia intenções de acomodar a exigência da Renamo de governar as seis províncias onde ganhou as eleições. Porém, misteriosamente é-nos brindado com o “dito por não dito”. Diante desses aspectos, a conclusão que se chega é de que há vários interesses fortes para que o país volte a mergulhar em mais uma violenta e sangrenta guerra cívil. Ou seja, há quem está, por detrás da logística desta guerra, a levar habilmente água ao seu moinho. Há quem está a marimbar-se da triste e penosa situação por que centenas de moçambicanos são forçados a passar. Continuar a promover guerra, dividir e destruir a nação é, sem dúvida, uma estratégia desesperada de um regime que medra a custa do subdesenvolvimento da população e teme que esses moçambicanos descubram os seus pés de barro. Portanto, hoje parece que ninguém tem mais dúvidas de que o maior problema desta país é a Frelimo e os líderes que ampliam os seus patrimónios pessoais a custa do sangue do povo. |
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
@Verdade EDITORIAL: Para quando o fim do conflito armado?
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