Segundo as interpretações divergentes da acta parcial da comissão mista sobre o suposto acordo que ainda não é, vemos que ainda há um trabalho bem longo por fazer. A interpretação da Renamo é contrária a dos mediadores e da Frelimo. Estes últimos coincidem. No AGP de 1992, esses senhores mediadores enganaram a Renamo, redigiram um documento que não foi apresentado na mesa de negociações e que Dhlakama ingenuamente, assinou sem ter lido bem nem ter consultado os seus homens.
Aqui, mais uma vez repetem a mesma burla. As datas o mais cedo possível, como Novembro é irrealista afirmam eles. Afinal quem redigiu o documento, para depois de assinarem e sair ao público começam a dar outras interpretações?
Meus compatriotas, não nos iludamos com este processo. Nada de positivo beneficioso ao povo sofredor virá com estes senhores. Lamentavelmente, a veneno "janjauite" da Frelimo entrou nos mediadores e eles se deixaram levar pelos que têm o poder de explorar, humilhar, executar, marginalizar o povo.
A tarde de ontem as pessoas ja começavam a respirar de alivio e com esperança de que finalmente a paz voltará a reinar no nosso país. Infelizmente, ao fim do dia esta luz verde no rosto do povo foi imediatamente apagado pela Frelimo e os mediadores carimbaram com o seu selo branco.
Tudo estão a fazerem para tudo fracassar como aconteceu anteriormente na CJC que só faziam dinheiro para os seus bolsos. Devem submeter ao parlamento para a sua aprovação, mas a bancada da Frelimo continua sendo a mesma que sempre chumba tudo o que vem da oposição, porque recebe orientações da sua comissão política. Claro que o a Frelimo vai mais uma vez invocar inconstitucionalidade a governação da Renamo nas seis províncias e a descentralização e aprovarão o desarmamento da a força da Renamo.
Nesta perspectiva, só podemos esperar que o conflicto militar alastrar-se para todo o país em pouco tempo e muito mais violento que jamais se viu no país. Não se deve esperar que a Renamo vai aceitar ser desarmada enquanto não lhe deixar pacificamente governar as províncias que reclama, e enquanto a Frelimo continua manter as suas tropas próximas do local onde está o Dhlakama.
Aliás, a Frelimo sabe que não vai ceder nada, que somente iria entreter a Renamo enquanto ela governa ilegalmente, porque não foi ganhou, por isso, não aceita retirar os militares nas posições onde se encontram. Aqui tudo está justificado. Essas posições estão nessas seis províncias reclamadas pela Renamo para qualquer momento atacar como está a fazer até agora que a própria Frelimo negar estar a bombardear.
Só devemos esperar com muita paciência que " Deus regresse das férias" para converter esses corações endemoniados que só lhes dá prazer o sofrimento e a morte do povo. Caso contrário, esperemos que aconteça o pior. Uma ofensiva bélica e divisão de Moçambique e assim acaba a propalada unidade nacional que nunca existiu, pois a Frelimo dividiu o país logo após a independência. O save sempre foi um fronteira. O controle que existe é mais forte e feio que a fronteira de Ressano Garcia ou Namaacha ou Goba. A única coisa que difere duma fronteira, é que não pedem passaporte aos nacionais.
Estes senhores mediadores representantes da Igreja Católica vão mais uma envergonhar a Igreja assim como aconteceu com D. Dinis que hoje é visto como um traidor. Por favor sejam imparciais, imprimam maior carácter e ética. Não traiam a Igreja que representam porque não estão ai em nome pessoal. Esperamos que essa intenção de ir ter com Dhlakama seja transparente e leal e não para cumprir outras agendas obscuras.
Mais não disse.
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