Informação preliminar publicada pelo Banco de Moçambique
Moçambique continua a registar redução de Reservas Internacionais Líquidas (reservas externas), factor que reduz a capacidade do país em responder a choques externos e aos desafios das suas relações económicas com o exterior, sobretudo a capacidade de pagar dívidas e realizar importações.
Informação preliminar publicada pelo Banco de Moçambique aponta para uma redução total de 29.2 milhões de dólares em Julho passado. Em comunicado, a instituição refere que só na primeira metade do mês passado, as reservas internacionais reduziram em 19,3 milhões para um saldo de 1 901,6 milhões de dólares. A situação, segundo o documento, reflectiu, essencialmente, as vendas líquidas de 9,6 milhões de dólares aos bancos comerciais pelo Banco de Moçambique, a amortização do serviço da dívida pública externa, no valor de 7,9 milhões e diversos pagamentos ordenados pelo Estado, no valor de 6,7 milhões de dólares. Ainda na primeira metade de Julho, a diminuição das reservas externas foi minimizada pelos ganhos cambiais líquidos, no valor de 6,8 milhões de dólares, entrada de 24,1 milhões de dólares a favor do Estado e juros de aplicações de activos no exterior no valor de 1,3 milhão de dólares.
Já na segunda quinzena de Junho, a queda das reservas externas reduziram em 9,9 milhões de dólares para um saldo de 1 840,5 milhões, a reflectir essencialmente a amortização da dívida pública externa no valor de 23,9 milhões de dólares e as vendas líquidas de 13,2 milhões pelo Banco de Moçambique aos bancos comerciais, num contexto de ganhos cambiais líquidos no valor de 9,1 milhões de dólares e compras a empresas de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) no valor de 8,7 milhões de dólares. A queda das Reservas In ternacionais Líquidas acontece numa altura em que a economia debate-se com a escassez de divisas, o que limita a realização de importações, num contexto de alta dependência da economia em relação aos mercados externos. As Reservas Externas de Moçambique são normalmente concebidas para cobrir cerca de 3.5 meses de importações.
O PAÍS – 24.08.2016
O PAÍS – 24.08.2016
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