Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Antes eram “moçambicanos de gema” e depois incitações a assassinatos
E como sabemos e testemunhamos, compatriotas foram assassinados depois de terem sido acusados e condenados em artigos de opinião.
O desespero manifesta-se a cada dia que passa.
Quando podiam, recorriam à acusação formalizada por uma PGR alinhada e julgavam com celeridade os chamados “apóstolos da desgraça”.
Agora que uma das alas desavindas não se cansa de “disparar” contra o que considera desvio de linha, uma renovada e viperina classe de agentes do tenebroso G40 parece que se decidiu a urdir “golpes de Estado”.
Só que, como é praticamente impossível acusar o “inimigo de sempre”, Renamo, a opção é “fabricar” mentores. Coube a sorte da lotaria a uma das mais mediatizadas vozes dos que foram apelidados de “moçambicanos não de gema”.
Há gente que não quer sair de cena e que não consegue reformar-se e gozar de um merecido ou não merecido descanso.
Há gente à espreita e esperando um telefonema anunciando que foram nomeados ou promovidos a director, ministro, embaixador ou reitor.
Alguns dos G40 de ontem foram recompensados e outros esquecidos após se concluir que eram inúteis e sem criatividade.
Quem lança nas redes sociais supostas reuniões com objectivos sinistros de carcomer a actual liderança da Frelimo e da República deve ter, na verdade, uma agenda muito sinistra. Não é uma questão de que “quando se zangam as comadres, descobrem-se as carecas”. Já foi derramado muito sangue de inocentes a partir de intrigas e lutas intestinas pelo poder em Moçambique.
É visível que existem feridas abertas e outras mal saradas entre “velhos companheiros e camaradas” da luta anticolonial.
Há razões para que quem se sentiu preterido e retirado de maneira vergonhosa de cena se sinta triste, frustrado, mas daí a enveredar pela via de “reuniões secretas” para repor uma “ordem antiga” vai uma grande distância.
Qualquer homem tem ego e defende esse ego. Mas isso não significa que se lhe chame “conspirador”.
Será mais ataque insidioso de gente que quer à custa de qualquer coisa ser reconhecida pelos chefes de hoje? Será mais um golpe astucioso de agentes provocadores a soldo ou mercenários pagos por forças sinistras que querem manter o “status” que antes tinham?
Uma questão preocupante é que ao procederem de forma tão vil e cobarde estejam criando “listas de abate”. Alguém sente que não pode perder tempo e recorre a golpes brutais de contra-informação.
Convém que os serviços de inteligência e os assessores do PR façam leituras maduras e informadas sobre todo este emaranhado de “posts” nas redes sociais.
Convém que haja discernimento e clarividência para que se evitem respostas precipitadas, injustas e irresponsáveis.
Quem se recorda de que o assassinato de Gilles Cistac foi antecedido de uma ofensiva contra ele no Facebook e em alguns jornais?
A barbárie política, o recurso ao assassinato de carácter e ao assassinato político, o terror e a preparação de condições para a repressão generalizada ao estilo estalinista constitui um perigo e um verdadeiro recuo sociopolítico.
No lugar de se andar a inventar prémios honoríficos sem qualquer valor ou fabricar heróis onde mesmo “procurando com lupa não há heróis, seria muito importante e oportuno que os “gurus” locais se preocupassem com questões reais.
Existe uma perniciosa tendência de se esquecer rapidamente do nosso passado de convulsões e purgas.
Aquando da luta anticolonial, guerras intestinas no seio da Frelimo contribuíram para que se fabricassem “reaccionários contra-revolucionários e os defensores da linha correcta revolucionária”.
Olhar para aqueles dias à luz do que se pode ver hoje, só se pode concluir que tanta morte de compatriotas foi completamente em vão. Alimentou desejos de poder e nada mais. Não havia reaccionários nem revolucionários. Havia moçambicanos desavindos entre si, assim como hoje há compatriotas que se guerreiam com base em falsidades constitucionais.
Aqui não se trata de defender uns moçambicanos contra outros nem se trata de ir em defesa deste ou daquele moçambicano específico. Os visados pelos ataques “conspiracionistas” têm capacidade própria de defesa. Alguns até são advogados e veteranos da luta anticolonial.
O sucesso de Goebelles na Alemanha nazi foi, em parte, a sua capacidade de convencer ou transformar mentiras em verdades.
Na sombra de espaços “conquistados” na comunicação social, alguns moçambicanos avançam intempestivamente pela via da catalogação dos seus compatriotas conforme convenha a uma agenda de branqueamento das fraudes e de poderes impostos.
Se ontem era óbvio que obedeciam a ordens emanadas da “Pereira do Lago” dos tempos do partido-Estado, não nos devemos esquecer que são as mesmas pessoas que, mesmo com casos criminais, jamais são questionadas judicialmente.
Prestam valiosos trabalhos para a “causa”. Outros, declarados ou “cognominados” decanos do jornalismo moçambicano, agraciados que foram com lucrativos “empregos”, até se dão ao luxo de exibir dotes de juízes, condenando colegas que saiam da “linha correcta”.
Doses inqualificáveis de “estomacalismo” alimentam os salões nobres da capital.
Gente que se supunha pensante ajoelha-se e lambe tudo em sua volta, desde que lhes seja garantido “um lugar ao Sol”.
Como “pastores” de cabritos, existem os que planificam tarefas e as distribuem entre “jovens doutores” treinados em subversão comunicacional.
Pela concórdia nacional e pela paz, pela inclusão, pela reconciliação, urge que os moçambicanos se defendam com bravura e tenacidade dos que se querem apropriar do seu presente e futuro. (Noé Nhantumbo)
CANALMOZ – 12.08.2016
Há gente à espreita e esperando um telefonema anunciando que foram nomeados ou promovidos a director, ministro, embaixador ou reitor.
Alguns dos G40 de ontem foram recompensados e outros esquecidos após se concluir que eram inúteis e sem criatividade.
Quem lança nas redes sociais supostas reuniões com objectivos sinistros de carcomer a actual liderança da Frelimo e da República deve ter, na verdade, uma agenda muito sinistra. Não é uma questão de que “quando se zangam as comadres, descobrem-se as carecas”. Já foi derramado muito sangue de inocentes a partir de intrigas e lutas intestinas pelo poder em Moçambique.
É visível que existem feridas abertas e outras mal saradas entre “velhos companheiros e camaradas” da luta anticolonial.
Há razões para que quem se sentiu preterido e retirado de maneira vergonhosa de cena se sinta triste, frustrado, mas daí a enveredar pela via de “reuniões secretas” para repor uma “ordem antiga” vai uma grande distância.
Qualquer homem tem ego e defende esse ego. Mas isso não significa que se lhe chame “conspirador”.
Será mais ataque insidioso de gente que quer à custa de qualquer coisa ser reconhecida pelos chefes de hoje? Será mais um golpe astucioso de agentes provocadores a soldo ou mercenários pagos por forças sinistras que querem manter o “status” que antes tinham?
Uma questão preocupante é que ao procederem de forma tão vil e cobarde estejam criando “listas de abate”. Alguém sente que não pode perder tempo e recorre a golpes brutais de contra-informação.
Convém que os serviços de inteligência e os assessores do PR façam leituras maduras e informadas sobre todo este emaranhado de “posts” nas redes sociais.
Convém que haja discernimento e clarividência para que se evitem respostas precipitadas, injustas e irresponsáveis.
Quem se recorda de que o assassinato de Gilles Cistac foi antecedido de uma ofensiva contra ele no Facebook e em alguns jornais?
A barbárie política, o recurso ao assassinato de carácter e ao assassinato político, o terror e a preparação de condições para a repressão generalizada ao estilo estalinista constitui um perigo e um verdadeiro recuo sociopolítico.
No lugar de se andar a inventar prémios honoríficos sem qualquer valor ou fabricar heróis onde mesmo “procurando com lupa não há heróis, seria muito importante e oportuno que os “gurus” locais se preocupassem com questões reais.
Existe uma perniciosa tendência de se esquecer rapidamente do nosso passado de convulsões e purgas.
Aquando da luta anticolonial, guerras intestinas no seio da Frelimo contribuíram para que se fabricassem “reaccionários contra-revolucionários e os defensores da linha correcta revolucionária”.
Olhar para aqueles dias à luz do que se pode ver hoje, só se pode concluir que tanta morte de compatriotas foi completamente em vão. Alimentou desejos de poder e nada mais. Não havia reaccionários nem revolucionários. Havia moçambicanos desavindos entre si, assim como hoje há compatriotas que se guerreiam com base em falsidades constitucionais.
Aqui não se trata de defender uns moçambicanos contra outros nem se trata de ir em defesa deste ou daquele moçambicano específico. Os visados pelos ataques “conspiracionistas” têm capacidade própria de defesa. Alguns até são advogados e veteranos da luta anticolonial.
O sucesso de Goebelles na Alemanha nazi foi, em parte, a sua capacidade de convencer ou transformar mentiras em verdades.
Na sombra de espaços “conquistados” na comunicação social, alguns moçambicanos avançam intempestivamente pela via da catalogação dos seus compatriotas conforme convenha a uma agenda de branqueamento das fraudes e de poderes impostos.
Se ontem era óbvio que obedeciam a ordens emanadas da “Pereira do Lago” dos tempos do partido-Estado, não nos devemos esquecer que são as mesmas pessoas que, mesmo com casos criminais, jamais são questionadas judicialmente.
Prestam valiosos trabalhos para a “causa”. Outros, declarados ou “cognominados” decanos do jornalismo moçambicano, agraciados que foram com lucrativos “empregos”, até se dão ao luxo de exibir dotes de juízes, condenando colegas que saiam da “linha correcta”.
Doses inqualificáveis de “estomacalismo” alimentam os salões nobres da capital.
Gente que se supunha pensante ajoelha-se e lambe tudo em sua volta, desde que lhes seja garantido “um lugar ao Sol”.
Como “pastores” de cabritos, existem os que planificam tarefas e as distribuem entre “jovens doutores” treinados em subversão comunicacional.
Pela concórdia nacional e pela paz, pela inclusão, pela reconciliação, urge que os moçambicanos se defendam com bravura e tenacidade dos que se querem apropriar do seu presente e futuro. (Noé Nhantumbo)
CANALMOZ – 12.08.2016
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