"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quarta-feira, 24 de agosto de 2016

RECUO DAS TROPAS DA FRELIMO É UMA EXIGÊNCIA LEGÍTIMA

Quando o Nyusi e seu governo afirma que as forças de defesa e segurança (FDS) não vão se mover por nada dos locais onde se encontram estacionados sobretudo no cerco da Gorongosa onde também se encontra escondido o Dhlakama, está claramente a desmentir-se nos discursos dos comícios populares de que quer diálogo, que está disponível para dialogar, que quer a paz, de que tudo fará para trazer a paz. Em suma, está-se chamar de um grande mentiroso e falso, muito incoerente por falar uma coisa e fazer outra.

O diálogo e a paz não se fazem com a força das armas salvo em casos extremos. A Renamo e seu líder têm toda legitimidade de exigir a Frelimo que retire primeiro as tropas se como condição para a cessação de hostilidades. Ora vejamos. Antes dos ataques tanto da Renamo como da Frelimo, o Dhlakama através dos meios de comunicação ja falava que a Frelimo tem um plano de o assassinar. A Frelimo como sempre desmentiu. Depois vimos os episódios subsequentes. Enfrentamento em Nampula no dia 8 de Março de 2011. No mesmo ano Dhlakama foge de Nampula e fixa-se em Gorongosa.

Pouco tempo depois outra vez a imprensa traz ao ar que a Frelimo está movimentar armas pesadas e homens para cercar o Dhlakama. Outra vez negou. Mas tudo mostrou que era verdade. Atacaram Satunjira. Depois em 2014 Dhlakama foi aclamado ao sair da mata desde Maputo a Cabo Delegado. Isto enervou a Frelimo e aumentou o ódio. Depois das eleições o ódio saturou-se porque Dhlakama arrastava multidões onde passava o que não acontecia com os membros da Frelimo quando fossem nas províncias para desmentir o que Dhlakama falava. Dai as duas emboscadas que negava e atribuía a própria Renamo e logo o cerco na Beira.

Hoje ele está cercado. Como qualquer um podia desconfiar e tem todo direito de defender-se. A única defesa que ele tem são os seus homens armados. Dois grupos armados que não comungam os mesmos ideais não podem viver juntos ou próximos um ao outro. Estamos a falar de guerra. Qualquer momento pode haver disparos e matarem-se como está acontecer agora.

O senhor Nyusi não está a ser presidente de todos moçambicanos, mas sim da Frelimo. Sendo assim está-se a denunciar que ele não é presidente de Moçambique, porque Moçambique não se reduz na Frelimo tão pouco do sul. Moçambique é de todos os moçambicanos independentemente na sua côr partidária, racial ou étnica tribal. Não está certo usar uma falsa soberania para fazer a guerra e matar inocentes e atribuir ao adversário. É essa mesma falsa soberania a mesma que se usou para endividar o país e obrigar os moçambicanos a pagarem duma coisa que nem sabem mas sim conhecem e sabem as pessoas que contraíram de forma ilegal essa dívida e nunca mencionam o seus nomes.

Será que estão a espera que a Renamo também cerque e comece atacar em Gaza e Maputo para reconhecerem a gravidade desta falsa soberania que somente beneficia a própria Frelimo? Se fosse a Renamo que cercou a Cidade de Maputo, a Frelimo e seus endemoniados defensores não exigiriam o mesmo que a Renamo está a exigir? Ou porque está no poder tem toda prerrogativa de fazer o que lhe apetece, com lhe apetece, onde e na hora que lhe apetece? Não se chama isto abuso de poder?

Podem me chamarem como que quiserem, mas a realidade é que a Frelimo e Nyusi não estão interessados no diálogo tão pouco na paz. O ódio e apetite por ver Dhlakama morto a todo custo lhes tomou conta. Lhes interessam fazer a guerra entretendo a Renamo no patético diálogo assim silenciam as vozes pensantes e desviam a atenção das reais causas da miséria que assola a população e logicamente atrasar a governação das seis províncias.
Mostrem pelo menos uma vez na historia de Moçambique que amam o povo, amam Moçambique, amam vossas famílias e desistam da falsa soberania e camuflada defesa do povo e parem com a guerra. O povo já sabe que quem criou esta guerra é a Frelimo/governo para defender interesses obscuros puramente de ganância.
Please, give us a break!

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