"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Nyusi em maré baixa


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Holanda, Suécia e Itália “indisponíveis” para receber Nyusi
Numa altura em que o país continua a precisar de encontrar mecanismos para lavar a sua imagem junto da comunidade doadora internacional, as démarches do executivo liderado por Filipe Nyusi, nessa direcção, continuam a não surtir efeitos positivos.
Exemplo disso, é a nega de receber o presidente moçambicano, que acaba de ser manifestada por três países europeus, nomeadamente a Holanda, Suécia e Itália. Naquilo que pode ser considerado subterfúgios para esconder as reais razões do “não”, os países alegaram questões de falta de disponibilidade dos dignitários com quem Filipe Nyusi pretendia manter encontros estratégicos.
No entanto, acredita-se que por detrás da nega “concertada” estarão questões relacionadas com a difícil digestão do escândalo das “dívidas escondidas”, que praticamente atiraram o país ao caixote de lixo do ponto de vista de performance macro económica.
A ideia de Filipe Nyusi era terminar o périplo pelos três países e, logo seguir para Nova Iorque e Washington D.C., nos Estados Unidos da América (EUA).
O mais enigmático nisto tudo, dizem as nossas fontes do SAVANA/mediaFAX, é que mesmo a sua visita à Holanda, para onde fora convidado pelo rei local, acabou sendo desconsiderada, oficialmente por motivos de agenda do monarca daquele país em que uma das firmas que garantiu a efectivação das dívidas ocultas avalizadas pelo Estado se encontra registada.
Ao que apurámos, o rei terá sido aconselhado a não receber o PR moçambicano, devido ao “potencial de problemas políticos que tal causaria no seio do Parlamento, media e sociedade civil”.
Também da Suécia, país que Nyusi pretendia visitar no périplo que idealizara, o PR moçambicano recebeu uma resposta negativa à sua solicitação de por lá passar em visita oficial, por, supostamente, o rei não dispor de fundo de tempo algum por aquelas alturas.
A Itália, país que o PR moçambicano incluíra na sua rota diplomática, chegaram notícias não boas. Matteo Renzi, o Primeiro-ministro transalpino, mandou informar que “lamenta bastante” não estar disponível a receber Nyusi, supostamente por se achar “muito concentrado” na política interna, nomeadamente na discussão sobre se aquele país deve ou não sair da União Europeia.
Apesar das más notícias de alegada indisponibilidade dos seus potenciais anfitriões europeus, Nyusi mantém no seu plano para Setembro a realização de uma viagem aos EUA, para, primeiro, participar, em Nova Iorque, na Assembleia Geral das Nações Unidas e, depois, receber, em Washington D.C., um prémio pelo “trabalho exemplar” que Moçambique tem estado a fazer no âmbito do combate à caça furtiva.
Ainda em Washington D.C., Nyusi espera manter um encontro com Barack Obama, presidente dos EUA. O SAVANA/mediaFAX sabe que o pedido nesse sentido já foi feito há semanas, mas, até pelo menos ao fecho desta edição, Maputo ainda não tinha recebido a resposta da White House.
MEDIA FAX . 26.08.2016

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