A Polícia da República de Moçambique (PRM) atribuiu hoje ao braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido de oposição, quatro ataques na semana passada em províncias do centro e norte de Moçambique, mas sem provocar vítimas.
Falando durante a conferência de imprensa de balanço semanal da atividade policial, o porta-voz do Comando Geral da PRM, Inácio Dina, disse que as ações do braço armado da Renamo tiveram lugar nas províncias de Niassa e Nampula, no norte do país, e Manica e Sofala, no centro, e visavam postos administrativos e alvos civis.
"A pronta resposta da polícia repeliu os criminosos", afirmou Inácio Dina, acrescentando que a PRM reforçou a presença em todos os pontos atacados e não houve registo de vítimas mortais.
Inácio Dina reiterou ainda que as autoridades vão continuar a garantir a ordem e segurança nas comunidades, protegendo a população dos ataques supostamente protagonizados pelo braço armado do maior partido de oposição.
Além de um balanço sobre a crise política em Moçambique, o porta-voz da PRM disse que dois agentes da corporação foram mortos na madrugada de hoje por desconhecidos numa zona periférica da cidade Maputo, quando faziam patrulha.
"Continuamos a trabalhar para a captura destes criminosos", declarou o porta-voz do Comando da PRM.
A região centro de Moçambique tem sido palco de relatos de confrontos entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança e denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.
As negociações de paz entre as delegações do Governo moçambicano e da Renamo em Maputo, que decorrem na presença de mediadores internacionais, foram suspensas até 12 de setembro.
As autoridades moçambicanas acusam a Renamo de uma série de emboscadas nas estradas e ataques nas últimas semanas, em localidades do centro e norte, atingindo postos policiais e também assaltos a instalações civis, como centros de saúde.
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, já reconheceu a autoria de vários ataques, justificando com a estratégia de dispersar as Forças de Defesa e Segurança da serra Gorongosa, onde supostamente permanece refugiado.
O maior partido de oposição não aceita os resultados das eleições de 2014, que deram vitória a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder há 41 anos), e exige governar as seis províncias onde revindica vitória no escrutínio.
EYAC // EL
Lusa – 30.08.2016
A região centro de Moçambique tem sido palco de relatos de confrontos entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança e denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.
As negociações de paz entre as delegações do Governo moçambicano e da Renamo em Maputo, que decorrem na presença de mediadores internacionais, foram suspensas até 12 de setembro.
As autoridades moçambicanas acusam a Renamo de uma série de emboscadas nas estradas e ataques nas últimas semanas, em localidades do centro e norte, atingindo postos policiais e também assaltos a instalações civis, como centros de saúde.
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, já reconheceu a autoria de vários ataques, justificando com a estratégia de dispersar as Forças de Defesa e Segurança da serra Gorongosa, onde supostamente permanece refugiado.
O maior partido de oposição não aceita os resultados das eleições de 2014, que deram vitória a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder há 41 anos), e exige governar as seis províncias onde revindica vitória no escrutínio.
EYAC // EL
Lusa – 30.08.2016
Sem comentários:
Enviar um comentário