Vozes - @Hora da Verdade |
Escrito por Redação em 19 Outubro 2016 |
Porém, ao contrário do que dissera o próprio Ministro no dia 15 de Setembro, já no dia 29 do mesmo mês a Comissão encarregue para analisar o caso decidiu que os dois alunos envolvidos na cena de pancadaria fossem expulsos. Foi um desfecho que quanto a mim devia merecer uma abordagem mais cuidada, pois, no lugar de perceber a origem do problema, arranjar formas eficazes de resolvê-lo, prefere pautar pela medida mais extrema que é a expulsão. Num passado recente vimos a forma como actuou o mesmo Ministro no caso dos celulares nas escolas e sobre as saias curtas. Em qualquer caso de “desvio comportamental” iremos expulsar alunos e continuaremos sem resolver e nem saber a origem real deste problema? Só para ver que esta medida é mesmo um falhanço autêntico, já se pronunciou um dos pais dos alunos expulsos a dizer que já está a procurar uma vaga para o filho numa escola privada, ou seja, em termos concretos aqui só se deportou o problema de um estabelecimento de ensino para o outro. Qualquer aluno que tem um desvio padrão deve sentir-se segura dentro do ambiente escolar, não sendo discriminada pelo comportamento, a cor ou condições financeiras. É fundamental a organização escolar procurar conhecer as pessoas que frequentam a escola sem ser membros da mesma e traçar um plano conjunto que inclua todos os actores: pais e encarregados de educação, professores, comunidade e alunos. Por Dércio Tsandzana |
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
SELO: As contradições do ministro Jorge Ferrão? - Por Dércio Tsandzana
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