Escrito por Adérito Caldeira em 13 Outubro 2016 |
“Ainda não temos evidência nenhuma. Eu próprio tive conhecimento da informação através das redes sociais”, disse Carlos Mesquita a jornalistas, à margem de uma reunião do seu partido político o ministro, desafiando o Departamento de Justiça norte-americano. “Quem é de direito terá que fazer uma avaliação, uma investigação ou auditoria e trazer depois a informação certa para ser devidamente tratada”. Acontece que a investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América da Comissão de Valores Mobiliários resulta de averiguações dos órgãos que fiscalizam o mercado de acções norte americano porque a empresa brasileira de construção de aeronaves está cotada na Bolsa de Valores de Nova York e por isso, para a investigação em apreço, as Linhas Aéreas de Moçambique, e o nosso País, não interessam aos investigadores. Inclusivamente a suspeita de corrupção no negócio com às LAM só surgiu após a investigação norte-americana ter comprovado que efectivamente a Embraer pagou subornos numa venda de aviões militares à República Dominicana. Aliás, numa evidente assumpção de culpa, a Embraer tornou público nesta quarta-feira(14) que procura finalizar acordos com as autoridades dos Estados Unidos da América e do Brasil para encerrar caso em que a empresa é acusada de ter descumprido leis anti-corrupção. Além disso, de acordo com agência Reuters, a empresa disse estar a ultimar outro acordo com o Ministério Público Federal e a Comissão de Valores Mobiliários do Brasil para a resolução de alegações de descumprimento de determinadas leis brasileiras. Entretanto, ainda em declarações a jornalistas na escola central do partido Frelimo, na Matola, o titular dos Transportes e Comunicações aclarou que as contas das LAM são devidamente apresentadas, o que não é verdade. A existirem Relatórios e Contas das décadas de exercícios financeiros da companhia aérea nacional esses nunca foram divulgados publicamente como a Lei manda. O ministro Carlos Mesquita mais do que anunciar investigações deve garantir que as LAM, onde os moçambicanos são accionistas através do Estado, publiquem os seus Relatórios e Contas passados para que se possa aferir não só o negócio com a Embraer mas todos os outros realizados desde 1998. “Há factos que são inegáveis que são os processos de transacções, portanto o Governo poderá sem dúvidas aferir esses valores através de relatórios ou processos de aquisição e ver exactamente qual é a verdade que existe nesta informação”, declarou também o ministro dos Transportes e Comunicações induzindo em erro os menos atentos. A corrupção neste caso com Embraer não tem a ver com sobre facturação ao Estado moçambicano mas sim com “luvas” que terão sida pagas a funcionários públicos moçambicanos. E o ministro Carlos Mesquita, que continua a ser um empresário privado(não se sabe se nos tempo livres ou em simultâneo com o cargo que ocupa no Governo), ironicamente actuando em conflito de interesses com o seu pelouro, sabe como são pagas “luvas” para facilitar negócios. EY: Na Frelimo o que se sabe fazer melhor é roubar, mentir, assassinar e negar os actos terroristas que cometem e acusar ao outro como o seu único responsável. É mesmo uma raça de víbora. |
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
Ministro dos Transportes e Comunicações mentiu sobre corrupção na compra de aviões pelas LAM
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