Escrito por Emildo Sambo em 31 Outubro 2016 |
O assassinato, que aconteceu horas depois de o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, ter desmentido a existência de presumíveis “esquadrões de morte”, alegadamente criados para abater os membros da oposição e aqueles que se mostram desalinhados do regime, parece sugerir que as declarações deste governante não são de todo verídicas. Uma testemunha disse ao @Verdade que Luciano Augusto foi morto por volta das 19h00, a poucos metros da sua residência, “por indivíduos desconhecidos”. Há, segundo a nossa fonte, pessoas próximas ao malogrado que indicam que “os assassinos eram dois e trajados de uniforme policial”. "Reiteramos o nosso distanciamento em torno das acusações sobre a criação de alegados esquadrões da morte e considero-as totalmente infundadas e desprovidas de qualquer sentido”, disse Carlos Agostinho do Rosário, em resposta às perguntas colocadas pelos chamados representante do povo. As informações sobre este acontecimento descrito como macabro são creditória. Abdala Ibrahimo, delegado político provincial da Renamo na Zambézia, afirmou que o seu colega foi morto em casa e acabava de regressar do trabalho. A 22 de Setembro passado, um outro membro da Assembleia Provincial (AP) de Tete e delegado político distrital da Renamo, identificado pelo nome de Armindo António Ncuche, de 55 anos de idade, foi também morto a tiros, por indivíduos ainda desconhecidos. O assassinato aconteceu por volta das 13h30, na vila de Moatize. O finado estava a caminho de casa, após o término da quarta sessão daquele órgão que fiscaliza, controla o governo provincial e o aprova o seu programa. Volvido quase um mês, nada se sabe sobre o crime ocorrido duas semanas depois de gente desconhecida também ter tentado, em Quelimane, descarregar balas contra Ivone Soares, chefe da a bancada parlamentar deste partido e sobrinha do seu líder, Afonso Dhlakama. A 08 de Outubro corrente, Jeremias Pondeca, membro do Conselho de Estado, eleito pela Assembleia da República (AR) em representação da Renamo, e membro da Comissão Mista do Diálogo Político, foi baleado mortalmente por indivíduos não identificados, em plena manhã, na cidade de Maputo. Dois membros do maior partido da oposição em Moçambique, a Renamo, foram assassinados à queima-roupa, na terça-feira (18), no distrito de Ribáuè, província de Nampula, por pessoas supostamente desconhecidas e que se puseram o fresco. Com este homicídio, já são quatro vítimas da mesma formação política em menos de um mês, o que sugere tratar-se de uma razia política contra a oposição. Uma das vítimas é Flor Armando, de 45 anos de idade, delegado político distrital em Ribáuè e membro da Assembleia Provincial de Nampula. O outro finado chamava-se Zeca António Lavieque, de com 25 anos. A Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), insatisfeitos com as explicações do Governo em relação aos assassinatos que supostamente visam apenas os membros dos partidos da oposição, consideraram que a lista dos alvos a abater não é aleatória. A clara identificação e definição de pessoas a matar é clara. |
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Após primeiro-ministro negar existência de “esquadrões de morte” desconhecidos assassinam mais um membro da Renamo na Zambézia
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