A empresa Electricidade de Moçambique (EDM), veio hoje a público, confirmar que desde Dezembro do ano passado não transferia para o Conselho Municipal da Beira (CMB) os valores referentes à cobrança da taxa de lixo, em violação do acordo firmado entre a empresa e o município, há mais de uma década.
Luís Amado, porta-voz da EDM, disse, numa conferência de imprensa, proferida hoje na cidade da Beira, que o facto se deveu “um mal entendido entre nós e o Conselho Municipal da Beira”. Durante oito meses o município da Beira não viu o dinheiro referente às taxas de limpeza. A EDM transferia “erradamente” os valores em causa para uma conta no Banco Comercial de Investimento (BCI), com o nome de “Município da Beira, Vereação das Finanças”.
“Só mais tarde percebemos, depois de inúmeras reclamações do CMB, que não era a conta que habitualmente depositávamos os valores do município. Depois desta situação, no dia 7 do mês em curso, fizemos a reposição dos valores na conta do Conselho Municipal da Beira, no Banco de Moçambique”, explicou Amado.
O porta-voz lembrou que em finais do ano passado a EDM decidiu que as transferências das taxas municipais passariam a ser feitas ao nível central e “por via disso, recebemos vários números de contas de diversos municípios”, explicou Amado.
No caso concreto do segundo maior município do país, a EDM diz que “ao fazermos a digitação dos números de conta em referência, erradamente atribuímos ao município da Beira uma conta que não era desta autarquia”.
Luís Amado diz ter se tratado de “alguma negligência ao nível da nossa direcção financeira” que gerou um problema que apenas foi resolvido depois de uma polémica e burburinho numa sessão da assembleia Municipal.
Apesar das explicações dadas pela empresa, prevalecem dúvidas sobre como foi feita a reposição do valor. Se foi por via da retirada da conta erradamente creditada ou novos depósitos.
“Não fornecemos provas a Frelimo”
A EDM negou, entretanto, que tenha fornecido provas documentais sobre as transferências que fazia, à bancada da Frelimo na Assembleia Municipal da Beira (AMB), e garantiu que o documento apresentado pelos “camaradas” à imprensa, é a cópia de um expediente oficial que trocou com o CMB.
“Não fornecemos nenhuma prova documental ao partido Frelimo. O que nós estamos a dizer é que as reclamações do CMB fazem sentido porque durante oito meses fomos transferindo dinheiro para uma conta que não é da edilidade. Portanto, que provas iriamos apresentar a bancada da Frelimo, tendo em conta que nós mesmo já havíamos reconhecido junto ao Conselho Municipal da Beira que o dinheiro depositado numa conta errada”.
Luís Amado garantiu que investigações a nível da instituição já estão em curso com vista a recuperar os valores depositados na suposta conta do município da Beira, estimado em cerca de 13 milhões de meticais e garantiu que as mesmas serão tornadas públicas e que haverá responsabilização.
O PAÍS – 18.10.2016
Luís Amado diz ter se tratado de “alguma negligência ao nível da nossa direcção financeira” que gerou um problema que apenas foi resolvido depois de uma polémica e burburinho numa sessão da assembleia Municipal.
Apesar das explicações dadas pela empresa, prevalecem dúvidas sobre como foi feita a reposição do valor. Se foi por via da retirada da conta erradamente creditada ou novos depósitos.
“Não fornecemos provas a Frelimo”
A EDM negou, entretanto, que tenha fornecido provas documentais sobre as transferências que fazia, à bancada da Frelimo na Assembleia Municipal da Beira (AMB), e garantiu que o documento apresentado pelos “camaradas” à imprensa, é a cópia de um expediente oficial que trocou com o CMB.
“Não fornecemos nenhuma prova documental ao partido Frelimo. O que nós estamos a dizer é que as reclamações do CMB fazem sentido porque durante oito meses fomos transferindo dinheiro para uma conta que não é da edilidade. Portanto, que provas iriamos apresentar a bancada da Frelimo, tendo em conta que nós mesmo já havíamos reconhecido junto ao Conselho Municipal da Beira que o dinheiro depositado numa conta errada”.
Luís Amado garantiu que investigações a nível da instituição já estão em curso com vista a recuperar os valores depositados na suposta conta do município da Beira, estimado em cerca de 13 milhões de meticais e garantiu que as mesmas serão tornadas públicas e que haverá responsabilização.
O PAÍS – 18.10.2016
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