Com um repúdio e despedida
Fiquei repugnado com a capa e um artigo infames dum pasquim com financiamentos bem estranhos atacando o General Lagos Lidimo, novo director-geral do SISE.
Conheci-o em 1967 e com ele trabalhei na inteligência e contra-inteligência.
Constatei tratar-se de um homem muito perspicaz, íntegro, cumpridor, eficaz. Jamais um assassino a soldo ou carrasco.
Trabalhou com adjuntos que, em virtude dos Acordos de Roma, vinham das fileiras da RENAMO. Nunca um só se queixou de maus-tratos, falta de respeito, discriminação.
Trabalhou em várias províncias do país. NUNCA SE CONSIDEROU MACONDE, MAS APENAS MOÇAMBICANO.
Na reserva não se meteu em negociatas sujas.
Por isso, Nkavandame o quis matar e outros camaradas, porque não alinhavam na tese da independência do planalto e da província. Apenas logrou a assassinar Paulo Samuel Khamkomba em Dezembro de 1968.
Admiro-o e muito o estimo. Acredito que cumprirá e bem a tarefa.
Esta a minha última carta
A idade e as mazelas que a acompanham, o imperativo de mais me ocupar da minha família e impedir que exerçam qualquer represália contra eles ditam a minha decisão de fazer deste texto o 104º e último, e de igual modo terminar os meus comentários de 2.ª Feira na STV.
A todos que me apoiaram e apreciaram, a todos que honestamente me corrigiram e criticar um abraço de obrigado e despedida.
SV
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