"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Nuno Castel Branco



Porque será que algumas pessoas quando chegam ao governo querem ficar dietistas do povo? Será que pensam que os moçambicanos não sabem que batata-doce, mandioca, thseke/tseke, matapa, mboa, feijão nhemba, patas de galinha, etc., são comida? Será que o governo tem a função de dar receitas e sugerir refeições ou tem que criar as condições políticas, económicas e sociais para se poder produzir e ter acesso fácil e barato aos bens alimentares de qualidade? Afinal esses governantes aprenderam sobre tseke no conselho de ministros e no comité central ou foi nas casas das mães e avós e bisavós? Agora andam a ensinar a comer a quem? Ou estão a disfarçar que não sabem o que fazer e como fazer e decidiram ficar cozinheiros teóricos do povo? Ainda vão fazer um programa na TVM sobre as receitas da frelimo em tempo de fome e crise. Alguém vai chamar a isso as receitas da dívida soberana. Vão passear. Se não sabem o que fazer como governo, digam. O povo vai dizer o que devem fazer, e ainda vai oferecer-lhes tseke com pescoços de galinha e xima, de borla. Desde que façam o que o governo é suposto fazer para se produzir e garantir o acesso fácil a e barato aos bens e serviços básicos de qualidade. Carlos Muianga, Fernanda Ailina Massarongo, Mindoca Nelsa, Rosy Aly, Epifânia Langa, Ruth Kélia, venham ajudar-me a entender porque estou confuso, juro.
Quando o Conselho de Ministros (C.M) (Órgão de Soberania) se ocupa de forma tão aprofundada na discussão sobre as vantagens do TSEKE (aquela plantinha que nasce no quintal sem nós sabermos como) só posso tirar duas conclusões: 1- Ou temos sérios problemas de agenda no nosso C.M ; 2- Ou o problema da fome em Moçambique é tão grave que o Governo entrou em crise de ideias e recursos.

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