NYUSI E SEUS CAMARADAS SÃO POLÍTICOS SEM IDENTIDADE RELIGIOSA

É muito frequente ouvir e ver nas televisões que Nyusi, Guebuza ou outro camarada da Frelimo estiveram nesta ou naquela igreja ou na mesquita. Isto acontece sobretudo nos mementos fortes do país como no momento da pré/campanha eleitoral ou em crise. Tudo com pretexto de que eles não discriminam a ninguém por causa da sua religião, cor, etnia, cultura ou ideologia política. Isto, não passa de uma mentira, um filme mal preparado. O que se pode afirmar categoricamente é que, esta atitude manifesta a falta de identidade religiosa e pobre autoestima.

A política não se faz na mesquita nem nas igrejas. Cada coisa tem seu lugar e sua hora. Não se deve aproveitar a hora do culto para passar a sua mensagem política da má governação. Se de verdade os políticos/camaradas querem mostrar o seu afecto a todo povo moçambicano sem ascepções, actuem como tal. Acções próprias que demonstração o interesse e amor pelo povo. Quando falam ao público dirigem a mensagem ao povo único e não aos cristãos católicos/protestantes nem ao muçulmanos, e tão pouco aos hindus ou da religião tradicional.

Se os senhores camaradas, não sabem o que fazem ao deixarem as suas confissões religiosas para juntarem-se com os das outras que não são vossas, criam divisão ao em vez de unir o povo. Descriminam o povo moçambicano e divide-o segundo a sua religião, que estes são católicos, aqueles muçulmanos, aqui estão metodistas e ali estão os anglicanos e por ai. Não há nenhuma pessoa que reclamou a falta de visita de governantes na sua confissão religiosa como uma descriminação. Pelo contrário, as vossas visitas são um incómodo e cria desconforto nos fieis que querem de verdade rezar.

Usar a religião para fazer uma propaganda política é um crime e é profanar o lugar sagrado. Os lugares de culto são para rezar e não para fazer política. Quem é muçulmano que vá a mesquita para rezar e de igual maneira quem é católico que vá a igreja para dar culto a Deus e não subir no presbitério e desde o ambão profanar a Deus com discursos políticos. O ambão é para proclamar a palavra de Deus e fazer sermão e a oração dos fieis. E apelo aos cristãos para eu façam o uso devido deste sitio reservado para os ministros qualificados para o efeito.

Senhores governantes, tenham a consciência de que na igreja ou na mesquita é para rezar e não para outras coisas, recuperem a vossa identidade religiosa e não sejam religiosos polivalentes, pois isso revela a falta de autoestima e falta de identidade religiosa da vossa parte. Como alguém já disse a bem pouco tempo, essa onda de nomadismo religioso, acabaremos vendo o presidente Nyusi e seu governo a mergulhar na costa do sol para receberem o segundo ou quarto baptismo dos maziones.

Falem de política no seu próprio lugar e o povo moçambicano receberá a mensagem sem distinção. Vão a igreja ou mesquita para rezar, louvar, agradecer, bendizer a Deus e não para ocupar lugares de destaque e aborrecer os fieis com os vossos discursos partidários. Nesses lugares de culto entram todos de diferentes ideologias partidárias por isso não é o lugar propício para tal.

Párem com esta dialética manobra, porque estão a dividir o povo talvez sem se aperceber, ou apercebendo-se ignoram. As consequências destas acções serão fatais no futuro, vão criar conflitos entre o mesmo povo por causa de religião, coisa que nunca tivemos. As diferentes religiões convivem muito bem. Uma mesma família pode em alguns casos encontrar três ou quatro religiões, pois cada um professa a sua fé. Pensem um pouco mais e de forma mais sensata e procurem corrigir esta acção polivalente e leviana de professar a fé. Que cada um conserve a sua fé e respeite a fé do outro, não moleste o culto dos outros com as vossas visitas, ninguém vos chama para irem lá.

Um político sem identidade religiosa, é um político sem moral, sem ética. Talvez seja esta a razão de tanta atrocidade que o governo do dia practica e nada acontece. Tolera toda espécie de maldade, e executam quem reclama pela justiça social. Será que de verdade senhores camaradas amam as vossas famílias, amam o povo moçambicano?