22/07/2016
Quando se pensava que o governo de Filipe Nyusi iria deixar esta prática que o país vem debatendo (partidarização do “Estado), eis que esta quinta-feira, aquando da recepção do Presidente da República, membros da Frelimo mandaram fechar escolas e arrastaram alunos ao Aeródromo de Quelimane para receberem o chefe do Estado. Só que ao invés do alunos erguerem bandeiras ou panfletos com símbolos do país que representam todos moçambicanos, eis que os alunos foram entregues panfletos com símbolos partidários.
Escolas encerradas
Algumas escolas da cidade de Quelimane, ficaram às moscas na manhã desta quinta-feira (21), alegadamente porque os alunos e professores teriam ido receber o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi que está de visita à província da Zambézia.
Pelas
9 horas da manhã a Reportagem do Diário da Zambézia pude abordar alunos de
várias escolas principalmente secundárias, dispersos uns à caminho do aeroporto
outros de suas moradias e em conversas separadas e breves, explicaram ao DZ que
tratou-se de uma orientação da direcção para que fossem receber o Presidente da
República no aeroporto de Quelimane. A título de exemplo, na Escola Secundária
Geral de Coalane, o recinto escolar estava praticamente vazio e os alunos que
puderam falar ao DZ, sobre qual era o motivo do abandono da escola estes diziam
apenas "presidente chega hoje", sem no entanto poderem
explicar até que ponto isso implicava no processo ensino
aprendizagem.
A Escola Secundária Geral 25 de Setembro foi uma das escaladas pela nossa reportagem para perceber se o mesmo fenómeno estava a acontecendo e até pelo menos pelas 10h que por lá passamos estava um silêncio absoluto. Próximo da escola estavam alguns alunos de que pedimos algumas explicações sobre o que estava acontecendo para que a escola ficasse "abandonada", "hoje vem o presidente", - essa foi a resposta que em termos práticos não se difere da resposta dos meninos da ESG. de Coalane.
Para perceber o fenómeno, tentamos sem sucesso entrar em contacto com Armindo Primeiro, director provincial da Educação e Desenvolvimento Humano da Zambézia, através do seu número oficial, mas este por duas vezes não atendeu o celular e até ao fecho desta reportagem nem se quer retornou as chamadas.
Na mesma vertente procuramos conversar com Rijone Bombino, directora da Escola Secundária Geral de Coalane, e este explicou que a aparente ausência dos alunos não se tratou de abandono das aulas. Rijone explicou que houve falta de controlo por parte dos directores de turma para conter os alunos e sobretudo houve uma espécie de oportunismo por parte daqueles que não foram ao aeroporto, - disse para depois concluir que nenhum aluno foi orientado para abandonar o recinto escolar. (Jacinto Castiano)
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 22.07.2016
A Escola Secundária Geral 25 de Setembro foi uma das escaladas pela nossa reportagem para perceber se o mesmo fenómeno estava a acontecendo e até pelo menos pelas 10h que por lá passamos estava um silêncio absoluto. Próximo da escola estavam alguns alunos de que pedimos algumas explicações sobre o que estava acontecendo para que a escola ficasse "abandonada", "hoje vem o presidente", - essa foi a resposta que em termos práticos não se difere da resposta dos meninos da ESG. de Coalane.
Para perceber o fenómeno, tentamos sem sucesso entrar em contacto com Armindo Primeiro, director provincial da Educação e Desenvolvimento Humano da Zambézia, através do seu número oficial, mas este por duas vezes não atendeu o celular e até ao fecho desta reportagem nem se quer retornou as chamadas.
Na mesma vertente procuramos conversar com Rijone Bombino, directora da Escola Secundária Geral de Coalane, e este explicou que a aparente ausência dos alunos não se tratou de abandono das aulas. Rijone explicou que houve falta de controlo por parte dos directores de turma para conter os alunos e sobretudo houve uma espécie de oportunismo por parte daqueles que não foram ao aeroporto, - disse para depois concluir que nenhum aluno foi orientado para abandonar o recinto escolar. (Jacinto Castiano)
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 22.07.2016
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