08/07/2016
Após desentendimentos nas negociações
Os mandatários de Filipe Nyusi e de Afonso Dhlakama na Comissão Mista, na quarta-feira, 7 de Julho, saíram da oitava sessão, que durou quatro horas, sem terem chegado a um entendimento.
À saída do encontro, Jacinto Veloso, chefe da delegação do Governo, e que seria o porta-voz da sessão, saiu de forma sorrateira e sem prestar declarações à imprensa.
Um dos membros da Comissão, Alves Muteque, enquanto estava a andar, disse apenas que o encontro era rotineiro e acrescentou: “Mas, se quiserem, falem com o deputado José Manteigas”.
A delegação da Renamo vinha atrás, mas precisava de entrar numa das salas VIP da Assembleia da República para fazer acertos. José Manteigas, chefe da delegação da Renamo declarou: “Hoje, o porta-voz é o general Veloso, e devem perguntar a ele por que não fala à imprensa”.
Eduardo Namburete, um dos mandatários de Afonso Dhlakama, declarou: “O encontro de hoje era para concluirmos alguns aspectos que estavam pendentes, daí que não tenha havido nenhuma declaração”.
Um aspecto notório na sessão de quinta-feira foi o aparecimento dos seis novos membros que vão integrar a Comissão Mista.
Sobre as negociação em curso, a União Europeia e a Igreja Católica confirmaram terem já sido formalmente convidadas pelo presidente Filipe Nyusi para mediarem o diferendo entre o Governo e a Renamo.
A Lusa
noticiou que uma fonte da União Europeia confirmou que a delegação em Maputo
havia recebido uma carta de Filipe Nyusi na sexta-feira, endereçada ao
presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, com o convite formal para
integrar a equipa de mediadores nas negociações de paz.
Também o porta-voz da Conferência Episcopal de Moçambique e bispo auxiliar de Maputo, João Carlos Nunes, foi citado como tendo confirmado um convite de Filipe Nyusi entregue na Nunciatura Apostólica na cidade de Maputo, na qualidade de representante do Vaticano, convidando a Igreja Católica a assumir um papel de mediação na crise.
Na anterior sessão da Comissão Missão, José Manteigas informou que as partes tinham chegado a consenso sobre os termos de referência da participação dos mediadores nas conversações, mas remeteu a divulgação de pormenores para o momento em que as entidades tomem parte no processo.
Filipe Nyusi e o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, anunciaram no mês passado que haviam chegado a um consenso, depois de dois dias de conversa telefónica, sobre a participação de mediadores internacionais nas negociações para o fim dos confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e os homens armados da Renamo.
Apesar de as duas partes terem reatado as negociações, os ataques dos armados da Renamo a veículos civis e militares em vários troços do centro do país não têm cessado, e a Renamo acusa as forças governamentais de intensificarem os bombardeamentos na Serra da Gorongosa, onde se presume que esteja Afonso Dhlakama.
Em comício na segunda-feira, na província de Nampula, Filipe Nyusi, afirmou sobre o presidente da Renamo: “Ele deve parar de matar, porque esse nunca foi o caminho mais correcto para governar”.
Afirmou também que tem estado a falar com Dhlakama sobre um eventual encontro entre ambos, para pôr fim à confrontação armada no país. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 08.07.2016
Também o porta-voz da Conferência Episcopal de Moçambique e bispo auxiliar de Maputo, João Carlos Nunes, foi citado como tendo confirmado um convite de Filipe Nyusi entregue na Nunciatura Apostólica na cidade de Maputo, na qualidade de representante do Vaticano, convidando a Igreja Católica a assumir um papel de mediação na crise.
Na anterior sessão da Comissão Missão, José Manteigas informou que as partes tinham chegado a consenso sobre os termos de referência da participação dos mediadores nas conversações, mas remeteu a divulgação de pormenores para o momento em que as entidades tomem parte no processo.
Filipe Nyusi e o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, anunciaram no mês passado que haviam chegado a um consenso, depois de dois dias de conversa telefónica, sobre a participação de mediadores internacionais nas negociações para o fim dos confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e os homens armados da Renamo.
Apesar de as duas partes terem reatado as negociações, os ataques dos armados da Renamo a veículos civis e militares em vários troços do centro do país não têm cessado, e a Renamo acusa as forças governamentais de intensificarem os bombardeamentos na Serra da Gorongosa, onde se presume que esteja Afonso Dhlakama.
Em comício na segunda-feira, na província de Nampula, Filipe Nyusi, afirmou sobre o presidente da Renamo: “Ele deve parar de matar, porque esse nunca foi o caminho mais correcto para governar”.
Afirmou também que tem estado a falar com Dhlakama sobre um eventual encontro entre ambos, para pôr fim à confrontação armada no país. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 08.07.2016
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