"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quinta-feira, 16 de junho de 2016

FMI inicia hoje missão a Moçambique para avaliar impactos de empréstimos escondidos


Uma delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI) chega hoje a Maputo para dar início à missão de avaliação dos impactos dos empréstimos escondidos de 1,4 mil milhões de dólares (1,25 mil milhões de euros).
A equipa do FMI estará em Moçambique até ao próximo dia 24, confirmou o porta-voz da instituição, Gerry Rice, em conferência de imprensa na sede do Fundo em Washington.
"A equipa do Fundo estará em Maputo para continuar o processo de verificação dos fatos relacionados com os empréstimos escondidos e analisar a situação macroeconómica em que se encontra o país", afirmou Gerry Rice no que chamou en inglês de 'fact finding process'.
"A missão, neste momento, não terá como objetivo discutir ajuda financeira. Faremos primeiro uma avaliação para esclarecer os fatos", destacou.
A revelação de empréstimos com aval do Governo, contraídos entre 2013 e 2014, levou o FMI a suspender a segunda parcela de um empréstimo a Moçambique e a deslocação de uma missão a Maputo.
A missão havia sido originalmente agendada para ocorrer em abril, mas teve que ser adiada devido às informações sobre os empréstimos escondidos que vieram à tona durante os Encontros de Primavera, realizados em abril na capital norte-americana.
Gerry Rice reforçou a importância da questão dos empréstimos escondidos: "É um tema muito importante para nós".
"Aconselhamos as autoridades que, qualquer transação precisa de ser reportada de forma transparente e pública", frisou.
A empresa Ematum foi o primeiro caso conhecido de um empréstimo garantido pelo Estado, em 2013, sem registo nas contas públicas.
"Acolhemos a atitude das autoridades que nos informaram há algumas semanas (a respeito dos empréstimos). Este foi um primeiro passo para reconquistar a confiança. As conversas (com o governo moçambicano) continuarão", concluiu.

Fonte: LUSA – 16.06.2016

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