A Polícia moçambicana justificou hoje operações no centro do país com a proteção das populações contra alegados ataques da Renamo, não comentando uma ação contra uma base onde se encontrava o líder do principal partido de oposição.
"As Forças de Defesa e Segurança estão em pontos onde grupos armados da Renamo têm vindo a atacar civis, para defender as populações", disse o porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Inácio Dina, durante uma conferência de imprensa de balanço semanal das atividades policiais.
Na quarta-feira, o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama, acusou a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, de ordenar um ataque à sua base em Gorongosa, uma operação que, segundo o líder do maior partido de oposição, culminou com a tomada do local pelas Forças de Defesa e Segurança.
Questionado pelos jornalistas hoje em Maputo, Inácio Dina não comentou o incidente, responsabilizando, no entanto, a Renamo por todas as confrontações que acontecem na região.
"É a Renamo que está a atacar", declarou o porta-voz da PRM, lembrando que, de acordo com a legislação moçambicana, "a Renamo nem devia ter bases militares".
O
porta-voz da PRM responsabilizou também o partido de Afonso Dhlakama pelo
incidente, na segunda-feira, que envolveu um comboio da empresa mineira Vale na
linha de sena, em Sofala, garantindo que as operações para a captura dos autores
do ataque que feriu o ajudante do maquinista continuam.
"A PRM continuará a garantir a segurança das populações", afirmou, apelando para as populações locais colaborarem com as autoridades.
Moçambique tem conhecido um agravamento da violência política, com relatos de confrontos entre a Renamo e as Forças de Defesa e Segurança, além de acusações mútuas de raptos e assassínios de militantes dos dois lados.
O principal partido da oposição recusa-se a aceitar os resultados das eleições gerais de 2014, ameaçando governar em seis províncias onde reivindica vitória no escrutínio.
As delegações do Governo moçambicano e da Renamo voltaram a reunir-se em 02 de junho, pela terceira vez, desde a retomada de conversações entre as duas partes no final do mês passado, visando preparar as condições de um encontro entre o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo.
As duas partes anunciaram ter chegado a consenso sobre a proposta de agenda e os termos de referência do encontro, mas não adiantaram pormenores sobre o conteúdo do entendimento.
EYAC // JMR
Lusa – 07.06.2016
"A PRM continuará a garantir a segurança das populações", afirmou, apelando para as populações locais colaborarem com as autoridades.
Moçambique tem conhecido um agravamento da violência política, com relatos de confrontos entre a Renamo e as Forças de Defesa e Segurança, além de acusações mútuas de raptos e assassínios de militantes dos dois lados.
O principal partido da oposição recusa-se a aceitar os resultados das eleições gerais de 2014, ameaçando governar em seis províncias onde reivindica vitória no escrutínio.
As delegações do Governo moçambicano e da Renamo voltaram a reunir-se em 02 de junho, pela terceira vez, desde a retomada de conversações entre as duas partes no final do mês passado, visando preparar as condições de um encontro entre o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo.
As duas partes anunciaram ter chegado a consenso sobre a proposta de agenda e os termos de referência do encontro, mas não adiantaram pormenores sobre o conteúdo do entendimento.
EYAC // JMR
Lusa – 07.06.2016
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