28/06/2016
Auditoria internacional independente e responsabilização
- Seca, cheias e queda dos preços no mercado internacional foram os subterfúgios que o governo fez constar no seu comunicado para explicar a actual e difícil situação económica
No fim da missão técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI), o governo emitiu uma comunicação de imprensa dando a conhecer o que considera resultados dos encontros que teve com os técnicos daquela instituição credora internacional, durante os oito dias de trabalho da missão.
No mesmo dia em que o governo emitiu o seu comunicado, o FMI também emitiu o seu, dando a conhecer os resultados, mas, acima de tudo, partilhando o entendimento analítico da actual e difícil situação económica de Moçambique.
Da comparação entre os dois documentos emitidos pelas duas entidades em relação a um mesmo assunto, facilmente de pode notar que, enquanto o comunicado governamental é apenas descritivo, o documento do Fundo Monetário Internacional é analítico e faz menção a vários pontos discutidos entre as partes. São pontos que na comunicação oficial do governo simplesmente não constam.
Exemplo das omissões, no documento governamental pontificam a exigência da realização de uma auditoria internacional independente e ainda a necessidade de uma pronta e exemplar responsabilização de figuras que, no âmbito da contratação das dívidas, se tenham beneficiado ilicitamente.
Estas
são duas grandes exigências daquela que é uma das principais e mais importante
instituição financeira internacional.
Sobre este assunto, as autoridades moçambicanas não emitiram ainda uma resposta cabal, mas, de forma sorrateira transpira a ideia de que, mesmo não aceitando e nem concordando, as autoridades moçambicanas não tem margem de manobra para continuarem a negar. No fim, as autoridades moçambicanas vão ter mesmo que aceitar que se avance com uma auditoria internacional independente, cuja missão é checar as contas das empresas que beneficiaram directamente dos cerca de 2.2 mil milhões de dólares, nomeadamente a Ematum, a ProIndicus e a MAM.
Na sua comunicação, o governo enumera a seca, cheias e o declínio de preços das principais commodities de exportação como razões por detrás dos mais recentes desenvolvimentos macroeconómicos do país.
A seguir, a comunicação emitida pelo Ministério da Economia e Finanças, refere que “o governo e o FMI apreciaram os efeitos sobre os indicadores macroeconómicos do País da dívida externa, com destaque para a contraída, em 2013 e 2014, pelas empresas Proindicus e Mozambique Asset Management (MAM), com garantias do Estado. Adicionalmente , foram passadas em revista a s medidas económicas que o Governo pretende implementar visando, por um lado, o restabelecimento macroeconómico e, por outro, assegurar que a economia continue a seguir a sua trajectória de crescimento dentro da actual conjuntura nacional e internacional” – refere o comunicado, não fazendo menção ao facto de as duas partes terem discutido, também, a questão da auditoria internacional independente.
MEDIA FAX – 28.06.2016
NOTA: O que pretende o Governo “transparente” de Filipe Nyusi quando esconde as principais decisões do FMI ao seu “patrão”? Brincar?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Sobre este assunto, as autoridades moçambicanas não emitiram ainda uma resposta cabal, mas, de forma sorrateira transpira a ideia de que, mesmo não aceitando e nem concordando, as autoridades moçambicanas não tem margem de manobra para continuarem a negar. No fim, as autoridades moçambicanas vão ter mesmo que aceitar que se avance com uma auditoria internacional independente, cuja missão é checar as contas das empresas que beneficiaram directamente dos cerca de 2.2 mil milhões de dólares, nomeadamente a Ematum, a ProIndicus e a MAM.
Na sua comunicação, o governo enumera a seca, cheias e o declínio de preços das principais commodities de exportação como razões por detrás dos mais recentes desenvolvimentos macroeconómicos do país.
A seguir, a comunicação emitida pelo Ministério da Economia e Finanças, refere que “o governo e o FMI apreciaram os efeitos sobre os indicadores macroeconómicos do País da dívida externa, com destaque para a contraída, em 2013 e 2014, pelas empresas Proindicus e Mozambique Asset Management (MAM), com garantias do Estado. Adicionalmente , foram passadas em revista a s medidas económicas que o Governo pretende implementar visando, por um lado, o restabelecimento macroeconómico e, por outro, assegurar que a economia continue a seguir a sua trajectória de crescimento dentro da actual conjuntura nacional e internacional” – refere o comunicado, não fazendo menção ao facto de as duas partes terem discutido, também, a questão da auditoria internacional independente.
MEDIA FAX – 28.06.2016
NOTA: O que pretende o Governo “transparente” de Filipe Nyusi quando esconde as principais decisões do FMI ao seu “patrão”? Brincar?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE