30/06/2016
Dois dirigentes da Frelimo foram mortos e outras 20 pessoas contraíram ferimentos em três ataques armados atribuídos a homens armados da Renamo em Manica, centro de Moçambique, disse hoje à Lusa a polícia moçambicana.
Leonardo Colher, chefe das relações públicas do comando da Polícia de Manica, disse que um secretário da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, governamental), em Muchenhedzi, no posto administrativo de Dacata (distrito de Mossurize), foi morto a tiro na sua residência por quatro homens armados.
Um segundo dirigente do partido no poder em Nhampassa foi retirado de um autocarro, que circulava fora da escolta militar obrigatória de viaturas na estrada Nacional 7 (N7), no distrito de Barué, e foi morto a tiro "à frente dos passageiros" por três homens armados, que depois mandaram seguir o veículo.
"Os dois homicídios qualificados ocorreram a 22 de junho, e pelo 'modus operandi', temos fortes suspeitas de que se trata de homens armados da Renamo [Resistência Nacional Moçambicana]", referiu Leonardo Colher, assegurando que todos os serviços de informações policiais foram acionados para capturar os suspeitos e que já foram instaurados os respetivos processos-crime.
Num outro desenvolvimento, a mesma fonte disse que outras 20 pessoas contraíram ferimentos, oito das quais com gravidade esta semana, durante uma emboscada a uma viatura na coluna escoltadas pelo exército ao longo da N7.
"Quando a
coluna fazia o sentido Barué-Vanduzi, os homens armados da Renamo efetuaram
vários disparos, tendo dois projéteis atingido a condutor de uma viatura de
transporte de passageiros no braço e na perna, o que fez com que a viatura se
despistasse e capotasse", explicou Leonardo Colher.
O chefe de relações públicas da polícia afirmou que, desde a introdução das escoltas, não houve mais situações de incêndios de viaturas ao longo da N7, um dos motivos para a introdução das proteções militares no troço entre Vanduzi (província de Manica) e Changara (Tete) no início do mês.
Entre 01 e 07 de junho, pelo menos 12 camiões de transportes de carga, incluindo camiões-tanque, a maioria proveniente do Malaui, foram incendiados ao longo da N7 em ataques atribuídos pelas autoridades a homens armados da Renamo no distrito de Barué, o que levou o Governo de Lilongwe a ponderar a recomendação de os seus cidadãos usarem estradas moçambicanas.
Antes da estrada N7, a circulação já era feita com escolta militar em dois troços da N1, na província de Sofala, devido a ataques atribuídos aos homens armados da Renamo.
Moçambique tem conhecido um agravamento dos confrontos entre as forças de defesa e segurança e o braço armado da Renamo, além de acusações mútuas de raptos e assassínios de militantes dos dois lados.
O principal partido de oposição recusa-se a aceitar os resultados das eleições gerais de 2014, ameaçando governar em seis províncias onde reivindica vitória no escrutínio
O Governo moçambicano e a Renamo retomaram em finais de maio as negociações em torno da crise política e militar em Moçambique, após o principal partido de oposição ter abandonado em finais de 2015 o diálogo com o executivo, alegando falta de progressos no processo negocial.
AYAC // EL
Lusa – 30.06.2016
O chefe de relações públicas da polícia afirmou que, desde a introdução das escoltas, não houve mais situações de incêndios de viaturas ao longo da N7, um dos motivos para a introdução das proteções militares no troço entre Vanduzi (província de Manica) e Changara (Tete) no início do mês.
Entre 01 e 07 de junho, pelo menos 12 camiões de transportes de carga, incluindo camiões-tanque, a maioria proveniente do Malaui, foram incendiados ao longo da N7 em ataques atribuídos pelas autoridades a homens armados da Renamo no distrito de Barué, o que levou o Governo de Lilongwe a ponderar a recomendação de os seus cidadãos usarem estradas moçambicanas.
Antes da estrada N7, a circulação já era feita com escolta militar em dois troços da N1, na província de Sofala, devido a ataques atribuídos aos homens armados da Renamo.
Moçambique tem conhecido um agravamento dos confrontos entre as forças de defesa e segurança e o braço armado da Renamo, além de acusações mútuas de raptos e assassínios de militantes dos dois lados.
O principal partido de oposição recusa-se a aceitar os resultados das eleições gerais de 2014, ameaçando governar em seis províncias onde reivindica vitória no escrutínio
O Governo moçambicano e a Renamo retomaram em finais de maio as negociações em torno da crise política e militar em Moçambique, após o principal partido de oposição ter abandonado em finais de 2015 o diálogo com o executivo, alegando falta de progressos no processo negocial.
AYAC // EL
Lusa – 30.06.2016
Ovi obrigado pela informação
ResponderEliminarAte quando assim , Deus derá solução.
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