"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quarta-feira, 8 de junho de 2016

Renamo e MDM insistem que é necessário responsabilizar Governo anterior

 


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A questão da dívida pública continua na ordem do dia e a suscitar debates acesos. Devido a relevância do assunto, o Governo deslocou-se a “casa do povo” para explicar aos moçambicanos os contornos da dívida que já assola o país.
No entanto, na sessão realizada na manhã de hoje, os partidos da oposição, Renamo e MDM, insistiram na necessidade de responsabilização do Governo anterior por contrair dívida sem autorização do parlamento. E não ficam por aí. A oposição considera que o Governo não trouxe algo de novidade ao parlamento na tentativa de esclarecer sobre as verdadeiras razões do endividamento.
“A informação não nos satisfaz porque o facto deles terem vindo ao parlamento não significa que isto torna a dívida legal. Portanto, nós queríamos que o Governo viesse a cá para explicar porquê ignorou completamente a Assembleia da República. Nós, como representantes do povo, achamos que os moçambicanos não devem continuar a ser empobrecidos pela Frelimo”, disse Ivone Soares, Chefe da Bancada da Renamo.
Não muito distante do descontentamento manifestado pela deputada da perdiz, Fernando Bismarque, Porta-Voz do MDM, foi categórico ao afirmar que as informações prestadas, hoje, pelo Governo, não fogem muito das que foram prestadas pelo Primeiro-Ministro, na altura em que se comunicou ao país.
“A verdade é que o Governo não foi autorizado pelo parlamento para contrair estas dívidas. Então, o país não deve pagar por isso. Os agiotas internacionais devem prestar contas com o Governo passado e não com o povo moçambicano, que não tem culpa nenhuma”. Essa foi a posição do MDM, muito diferente da que foi defendida pela Frelimo. Aliás, o militante da maçaroca, Caifadine Manasse, trouxe uma abordagem optimista em relação aos passos dados pelo Governo.
“A preliminar informação apresentada pelo Primeiro-Ministro e o Ministro da Finanças consubstancia com o trabalho que o Governo está a fazer no sentido de explicar cada vez mais aos moçambicanos sobre a questão da dívida. Neste momento sinto que o Governo trouxe mais substância e matérias para que os moçambicanos entendam que o Governo não tem medo, e está interessado em explicar a situação da dívida”, proferiu Caifadine Manasse, realçando que a questão da austeridade já avançada pelo Primeiro-Ministro reflecte a crise internacional, motivada pela queda dos produtos no mercado.
O PAÍS – 08.06.2016

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