O Presidente do município da Beira diz se tivesse metade ou um terço dos fundos canalizados à cidade de Maputo muita coisa teria sido feita.
O autarca da Beira, Daviz Simango, revelou que a segunda maior cidade de Moçambique continua marginalizada pelo Estado a nível de investimentos, apesar de enfrentar grandes problemas de erosão costeira e ordenamento territorial com fundos próprios.
Ouça aqui
Simango disse que projectos cruciais para a recuperação da Beira, sobretudo para descongestionar a invasão das águas do mar, com a reabilitação de canais de respiração e esporões da cidade, além da construção de estruturas de defesa de edifícios caducos, têm recebido fundos públicos insignificantes.
“Há muita marginalização (do investimento público)”, acusou Daviz Simango, observando que a Beira requer investimentos extraordinários, tendo em consideração a sua morfologia e geologia complexas.
O presidente do município da Beira adianta que a protecção costeira e a criação de empresa de desenvolvimento de terras são relevantes.
“O
problema da costa requer fundos extraordinários, se reparar os fundos que Maputo
teve, se a Beira tivesse metade ou um terço daqueles fundos naturalmente muita
coisa teria sido feita, e a Beira tem vindo a fazer esses investimentos com
dinheiro próprio”, declarou.
Daviz Simango assegurou que o município avançou com um plano-mãe, apresentando projectos concretos, sendo que a protecção costeira seria feita através do material dragado no canal de acesso ao porto da Beira, mas o material continua retido no mar.
“Infelizmente a Emodraga dragou o material e mantém o material no mar, ao invés de fazer repulsão como tínhamos sugerido, para a reposição das dunas a baixo custo. Também o material dragado desenvolvia a empresa de terras para fazer os aterros, e isso ia permitir que as populações pudessem construir em situações seguras”, acrescentou o autarca, adiantando que tentativas de procurar apoios do Governo central têm-se tornado infrutíferas.
A cidade da Beira trava há vários anos, com uma frequência não comum desde 2013, uma guerra contra a invasão das águas do mar que atinge bairros de caniço e dezenas de luxuosas moradias, desalojando várias famílias, que são forçadas a se socorrer de tetos de casas ou prédios vizinhos.
Construída sobre um pântano, da confluência dos rios Púnguè e Búzi, a cidade da Beira está abaixo da cota do nível do mar,enfrentando agora uma guerra sobre o avanço das águas do mar, por um lado, devido à obstrução dos canais e esporões e, por outro, a destruição de mangais.
Um ambicioso projecto de construção de esporões de pedras foi iniciado em 2013, após o primeiro plano, que construiu cinco quilómetros de murro de alvenaria, mas mostra-se insustentável para corrigir a erosão como barreira de protecção costeira e impedir o avanço das águas do mar.
Em Abril passado centenas de pessoas foram deslocadas na sequência da invasão das águas do mar, que destruíram dezenas de casas em bairros de caniço ao longo da praia na Beira, Sofala, centro de Moçambique.
“No fim do dia nos temos consciência que mesmo no fim das cinzas a Beira vai se erguer e vai ser extremamente forte, aquela cidade que levou a razão dos nossos antepassados a entenderem criar a cidade da Beira”, concluiu Simango, que também é presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido com assento parlamentar.
VOA – 03.06.2016
Daviz Simango assegurou que o município avançou com um plano-mãe, apresentando projectos concretos, sendo que a protecção costeira seria feita através do material dragado no canal de acesso ao porto da Beira, mas o material continua retido no mar.
“Infelizmente a Emodraga dragou o material e mantém o material no mar, ao invés de fazer repulsão como tínhamos sugerido, para a reposição das dunas a baixo custo. Também o material dragado desenvolvia a empresa de terras para fazer os aterros, e isso ia permitir que as populações pudessem construir em situações seguras”, acrescentou o autarca, adiantando que tentativas de procurar apoios do Governo central têm-se tornado infrutíferas.
A cidade da Beira trava há vários anos, com uma frequência não comum desde 2013, uma guerra contra a invasão das águas do mar que atinge bairros de caniço e dezenas de luxuosas moradias, desalojando várias famílias, que são forçadas a se socorrer de tetos de casas ou prédios vizinhos.
Construída sobre um pântano, da confluência dos rios Púnguè e Búzi, a cidade da Beira está abaixo da cota do nível do mar,enfrentando agora uma guerra sobre o avanço das águas do mar, por um lado, devido à obstrução dos canais e esporões e, por outro, a destruição de mangais.
Um ambicioso projecto de construção de esporões de pedras foi iniciado em 2013, após o primeiro plano, que construiu cinco quilómetros de murro de alvenaria, mas mostra-se insustentável para corrigir a erosão como barreira de protecção costeira e impedir o avanço das águas do mar.
Em Abril passado centenas de pessoas foram deslocadas na sequência da invasão das águas do mar, que destruíram dezenas de casas em bairros de caniço ao longo da praia na Beira, Sofala, centro de Moçambique.
“No fim do dia nos temos consciência que mesmo no fim das cinzas a Beira vai se erguer e vai ser extremamente forte, aquela cidade que levou a razão dos nossos antepassados a entenderem criar a cidade da Beira”, concluiu Simango, que também é presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido com assento parlamentar.
VOA – 03.06.2016
Sem comentários:
Enviar um comentário