O Presidente da Republica Filipe Nyusi vai anunciar dentro de dias uma remodelação profunda do seu governo central. Uma das esperadas saídas ‘e a do Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, que, segundo fontes da Carta de Moçambique (publicação em formação), colocou, por cinco vezes, seu lugar a disposição. Para além de Maleiane, uma fonte bem colocada adiantou os nomes da Ministra da... Saude, Nazira Abdula, e o da Cultura, Silva Dunduro, como estando na lista do PR.
A remodelação será mais profunda, abrangendo mais ministros e alguns vices. Nyusi não devera mexer nos governadores provinciais. A saída de Maleiane era eminente. O economista, que já foi Governador do Banco de Moçambique, deixou o cargo confortável e bem remunerado de PCA do Banco Nacional de Investimentos (BNI) para ir dirigir o poderoso pelouro da Economia e Finanças, cujo poder na verdade sofre alguma erosão. Em pouco tempo, em vez de ser o cicerone da política económica e da execução orçamental, ele viu-se na pele do bombeiro de plantão no contexto da actual polémica do endividamento externo. Sua imagem foi-se desgastando embora suas competências sejam reconhecidas.
Apanhado no meio do fogo cruzado de doadores, da opinião pública e de deputados da oposição, Maleiane manteve uma postura polida não evitando, no entanto, a circunstância incontornável de ter de engolir alguns sapos inesperados. Ele foi muito criticado quando pediu desculpas pelo endividamento recente, numa atitude que apenas se deveu a sua educação pessoal. Nazira Abdula devera deixar o Governo no meio de alegações de uma gestão pouco transparente, com o secto de medicamentos a revelar-se como o derradeiro campo de batalha. A Carta desconhece uma razão em concreto para a demissão de Silva Dunduro.
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