A
agência de notação financeira Fitch estimou hoje que a dívida pública de
Moçambique esteja nos 80% do Produto Interno Bruto, e que o pagamento dos juros
represente um encargo anual de 4,5% do PIB.
"A dívida pública tem subido rapidamente nos últimos seis meses devido a uma combinação do enfraquecimento da taxa de câmbio e da divulgação de dívida adicional de cerca de 1,4 mil milhões de dólares", diz a Fitch numa nota enviada aos investidores.
No documento, a que a Lusa teve acesso, os analistas da agência de 'rating' norte-americana afirmam: "a Fitch estima agora que o total da dívida pública chegue quase a 80% do PIB, quase o dobro dos níveis de 2012".
Em consequência, "o perfil do serviço da dívida também se deteriorou abruptamente, com os custos anuais de servir a dívida a estarem agora nos 4,5%, o dobro da estimativa anterior".
A análise da Fitch surge na mesma semana em que o ministro da Economia e Finanças de Moçambique assumiu no Parlamento que a Mozambique Asset Management (MAM) tinha falhado pagamento de uma prestação de 178 milhões de dólares no final de Maio.
"A dívida pública tem subido rapidamente nos últimos seis meses devido a uma combinação do enfraquecimento da taxa de câmbio e da divulgação de dívida adicional de cerca de 1,4 mil milhões de dólares", diz a Fitch numa nota enviada aos investidores.
No documento, a que a Lusa teve acesso, os analistas da agência de 'rating' norte-americana afirmam: "a Fitch estima agora que o total da dívida pública chegue quase a 80% do PIB, quase o dobro dos níveis de 2012".
Em consequência, "o perfil do serviço da dívida também se deteriorou abruptamente, com os custos anuais de servir a dívida a estarem agora nos 4,5%, o dobro da estimativa anterior".
A análise da Fitch surge na mesma semana em que o ministro da Economia e Finanças de Moçambique assumiu no Parlamento que a Mozambique Asset Management (MAM) tinha falhado pagamento de uma prestação de 178 milhões de dólares no final de Maio.
O
documento, que serve como explicação mais detalhada da descida do 'rating' a 23
de Maio, para o nível 'CC', equivalente a não recomendação de investimento
('junk' ou 'lixo'), salienta a importância do apoio financeiro dos doadores (300
milhões de dólares, cerca de 11% do orçamento para este ano) e da suspensão da
ajuda de 165 milhões de dólares do Fundo Monetário Internacional para o
país.
"Resolver o impasse com os doadores vai ser um aspecto fulcral da prioridade política do Governo e será crucial para determinar o impacto macroeconómico global dos recentes desenvolvimentos", nota, afirmando que "para receber novamente o apoio dos doadores, as autoridades serão forçadas a implementar uma gestão das finanças públicas e metas orçamentais muito mais rigorosas".
O Governo moçambicano reconheceu no final de Abril a existência de dívidas escondidas das contas públicas de 1,4 mil milhões de dólares (1,25 mil milhões de euros), justificando com razões de segurança e infra-estruturas estratégicas do país.
A revelação de empréstimos com aval do Governo, contraídos entre 2013 e 2014, levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a suspender a segunda parcela de um empréstimo a Moçambique e a deslocação de uma missão a Maputo.
O grupo de 14 doadores do Orçamento do Estado também suspendeu os seus pagamentos, uma medida acompanhada pelos EUA, que anunciaram que vão rever o apoio ao país.
O ministro das Finanças moçambicano disse que o volume total da dívida do país atinge 11,6 mil milhões de dólares (10,1 mil milhões de euros), dos quais 9,8 mil milhões de dólares de dívida externa (8,6 mil milhões de euros) e os remanescentes de dívida interna.
Este valor representa mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e traduz uma escalada de endividamento desde 2012, quando se fixava em 42%.
MBA(PMA/HB) // VC
Lusa – 11.06.2016
"Resolver o impasse com os doadores vai ser um aspecto fulcral da prioridade política do Governo e será crucial para determinar o impacto macroeconómico global dos recentes desenvolvimentos", nota, afirmando que "para receber novamente o apoio dos doadores, as autoridades serão forçadas a implementar uma gestão das finanças públicas e metas orçamentais muito mais rigorosas".
O Governo moçambicano reconheceu no final de Abril a existência de dívidas escondidas das contas públicas de 1,4 mil milhões de dólares (1,25 mil milhões de euros), justificando com razões de segurança e infra-estruturas estratégicas do país.
A revelação de empréstimos com aval do Governo, contraídos entre 2013 e 2014, levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a suspender a segunda parcela de um empréstimo a Moçambique e a deslocação de uma missão a Maputo.
O grupo de 14 doadores do Orçamento do Estado também suspendeu os seus pagamentos, uma medida acompanhada pelos EUA, que anunciaram que vão rever o apoio ao país.
O ministro das Finanças moçambicano disse que o volume total da dívida do país atinge 11,6 mil milhões de dólares (10,1 mil milhões de euros), dos quais 9,8 mil milhões de dólares de dívida externa (8,6 mil milhões de euros) e os remanescentes de dívida interna.
Este valor representa mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e traduz uma escalada de endividamento desde 2012, quando se fixava em 42%.
MBA(PMA/HB) // VC
Lusa – 11.06.2016
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