"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 10 de junho de 2016

@Verdade EDITORIAL: Uma vergonha de deputados


Editorial
Escrito por Redação  em 10 Junho 2016
Não há dúvidas de que os deputados da bancada parlamentar da Frelimo estão cravados na Assembleia da República para defender interesses do partido, no lugar de assegurarem os legítimos interesses do povo que os elegeu. Esse facto é notório a cada sessão do Parlamento. Quando o assunto requer uma posição responsável e séria por parte daqueles deputados, estes comportam-se qual símios diante de um cacho de banana.
O cúmulo da falta de escrúpulo dos deputados da Frelimo foi protagonizado na segunda sessão extraordinária do Parlamento, realizada entre os dias 08 e 09 de Junho corrente, na qual o Governo foi chamado para prestar esclarecimentos sobre as dívidas contraídas ilegamente pelo Governo da Frelimo no mandato anterior. Ao invés de se posicionarem com dignos representantes do povo, questionando o destino dado ao dinheiro e pedindo a responsabilização dos envolvidos, os deputados da Frelimo ocupam-se a defender o indefensível.
Parecendo que não, mas trata- -se de falta de respeito ao povo e os eleitores pronunciar-se como a deputados da Frelimo têm feito na magna casa do povo. Os comentários do deputado Damião José e dos seus correligionários relativamente às dívidas são uma autêntica pouca vergonha.
Na verdade, é difícil, para um indivíduo no gozo pleno do seu juizo vir ao público e expelir que “dívida não é nenhum pecado, não é nenhum crime, porque não mata”, sabendo-se que, por causa dessas mesmas dívidas contraídas ilegalmente, o país atravessa o seu pior momento económico, o que vai sufocando a população moçambicana. É sabido que contrair dívida não é nenhum pecado, não é nenhum crime e não mata. Mas precisamos, é saber, também, que, quando a dívida é contraída clandestinamente por um punhado de pessoas em nome de uma nação, com propósitos obscuros, ela constitui uma fraude, ou melhor um crime de proporções preocupantes.
Por isso, pedimos aos digníssimos supostos mandatários do povo para que analisem os factos como eles merecem e possam tecer comentários realísticos, e não mentirosamente tentar convencer aos moçambicanos que as dívidas provocadas pelo Governo da Frelimo são um assunto normal. Estamos cientes que, por um lado, estão a fazer política e, por outro, a defender o pão, mas haja escrúpulo ou vergonha na cara, e sobretudo haja respeito para com os moçambicanos.

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