Por Marcelo
Mosse
Vem aí mais FMI? De certeza…
Não tarda que a gestão das Finanças Publicas em Moçambique seja de novo entregue ao Fundo Monetário Internacional, com tudo o que isso significa de aperto sobre as nossas vidas. A saga da EMATUM e agora a da Pro-indicus revelaram que Moçambique bateu no fundo em matéria de credibilidade fiscal e, para sairmos da lama, precisaremos do suporte desses guros malfadados de Bretton Woods.
Maleiane está a tentar colocar as coisas nos carris. Por isso, chamou Isaltina de Sales Lucas, que dirigia o Tesouro aquando da contratação dos créditos da Ematum e da Pro-indicus, para sua vice-ministra. Nada melhor do que ter ao lado de si alguém que, como funcionária publica, e recebendo instruções, assinou esses dossiers. Alias, foi notório como Maleiane quis resolver a Ematum antes de a Pro-indicus marcar as manchetes.
Mas isso não evitou essa torrente de lava que inunda agora as finanças moçambicanas. E para agravar, a declaração do Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, segundo as quais não sabia da Pro-indicus apenas contribuiu para atiçar mais a ideia do desmando em quem vivemos, a sensação de uma tremenda desgovernação financeira. Nos corredores do sector financeiro, comenta-se que Gove ou estava a mentir quando disse que não sabia ou estava a revelar uma tamanha incompetência.
Vem aí mais FMI? De certeza…
Não tarda que a gestão das Finanças Publicas em Moçambique seja de novo entregue ao Fundo Monetário Internacional, com tudo o que isso significa de aperto sobre as nossas vidas. A saga da EMATUM e agora a da Pro-indicus revelaram que Moçambique bateu no fundo em matéria de credibilidade fiscal e, para sairmos da lama, precisaremos do suporte desses guros malfadados de Bretton Woods.
Maleiane está a tentar colocar as coisas nos carris. Por isso, chamou Isaltina de Sales Lucas, que dirigia o Tesouro aquando da contratação dos créditos da Ematum e da Pro-indicus, para sua vice-ministra. Nada melhor do que ter ao lado de si alguém que, como funcionária publica, e recebendo instruções, assinou esses dossiers. Alias, foi notório como Maleiane quis resolver a Ematum antes de a Pro-indicus marcar as manchetes.
Mas isso não evitou essa torrente de lava que inunda agora as finanças moçambicanas. E para agravar, a declaração do Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, segundo as quais não sabia da Pro-indicus apenas contribuiu para atiçar mais a ideia do desmando em quem vivemos, a sensação de uma tremenda desgovernação financeira. Nos corredores do sector financeiro, comenta-se que Gove ou estava a mentir quando disse que não sabia ou estava a revelar uma tamanha incompetência.
Seja como for, suas declarações foram recebidas com muita perplexidade. Espera-se os doadores tomem a palavra nos próximos dias.
Mas os moçambicanos esperam sobretudo que um membro do Governo venha a publico clarificar o que precisa de estar claro. A casa está em maus lençóis. Ninguém consegue imaginar que possamos caminhar sem um policiamento directo do FMI. Um resgate a maneira Portuguesa? Ou uma coisa parecida com esse eufemismo angolano, que dá no mesmo?
Com o mal feito, a casa deve ser limpa. E uma das coisas que Maleiane não conseguiu é dar um sinal claro de corte em despesismos esbanjadores.
O Estado continua a gastar como se não estivesse em crise. E o próprio Banco de Moçambique carrega uma das principais facturas nessa matéria.
A saída de Pinto de Abreu para um lugar mais “cómodo” na LAM é vista como uma antecipação inteligente. Alguém que começou a enxergar a lama crescendo exponencialmente. Mencionam-se as mordomias excessivas no banco central e um custo enormíssimo com capital humano que contradiz com uma certa incapacidade de regular as finanças públicas e…e muito mais coisas que só caberiam num artigo de jornal. Como por exemplo o bluff da exclusão financeira e da bancarização da economia, como foi já referido num estudo especializado. 13.04.2016
NOTA (que repito):
Parece haver discrepâncias naquilo que pode ser considerado como “empréstimo” e “aval”.
O FMI diz existirem mais de 1 bilião de dólares de empréstimos ocultos.
Será que o FMI não saberá o que foi “aval” e o que foi “empréstimo”, mesmo sem as “explicações” de Maleiane?
Sendo já conhecido o “aval” de 622 milhões de dólares à PROINDICUS, o valor indicado pelo FMI estará para além deste montante. Sabendo-se que esta empresa nada irá produzir para o pagamento do “aval”, que vai ter de ser transformado em “empréstimo” ao Estado Moçambicano, seu avalista que é quem o terá que liquidar.
Atendendo a que Maleiane “confirmou que em 2013, no mesmo ano em que foram emitidos os títulos da EMATUM, o Credit Suisse e VTB emprestaram 622 milhões de dólares a Pro-Indicus 'para financiar a compra de navios e instalações de radar para combater a pirataria', não irão estes “bens ou equipamentos” render tostão para o seu pagamento. Será então “aval” ou “empréstimo”? Mais: Onde estão esses navios e radares? A quem foram encomendados? Cadê os contratos?
Afinal para onde foi o “empréstimo” de 1 bilião de dólares a que refere o FMI?
Quando será que se deixará de brincar com o “patrão”?
Quando será que uns tantos irão parar à cadeia?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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