A Polícia de Sofala, centro de Moçambique, vai iniciar uma investigação para apurar a veracidade da denúncia da descoberta de uma vala comum com mais de cem cadáveres no interior da Gorongosa, disse hoje à Lusa fonte policial.
Daniel Macuacua, porta-voz da Polícia de Sofala, informou que "um trabalho de interacção" entre o comando provincial da PRM (Polícia da Republica de Moçambique) e distrital da Gorongosa estava em curso para apurar a veracidade da descoberta de uma vala comum por um grupo de camponeses.
"Vamos continuar a interagir com os colegas [da Gorongosa] para poder perceber até que ponto pode vir a constituir verdade," declarou Daniel Macuacua, acrescentando que não tinha mais nenhum elemento sobre este assunto,
Um grupo de camponeses encontrou na quarta-feira uma vala comum com mais de cem corpos na zona 76, no posto administrativo de Canda, Gorongosa, centro de Moçambique, disseram à Lusa três pessoas que fizeram a descoberta.
Segundo o relato dos agricultores, a vala foi descoberta numa área utilizada para a extração de areia para a reabilitação da N1, a principal estrada de Moçambique, num lugar próximo de uma mina de extração ilegal de ouro, entretanto abandonada devido à escalada da violência militar na região.
"A vala tem cerca de 120 corpos, uns já em ossadas e outros ainda em decomposição", disse à Lusa um dos camponeses, sem precisar se os corpos tinham marcas de balas, suspeitando apenas que foram descarregados por viaturas devido a sinais de manobras no local.
Apesar
de não haver qualquer indício que relacione esta vala com a actual crise militar
em Moçambique, um outro camponês que esteve no local lembrou a onda de
perseguição e execuções por razões políticas e que a região tem sido palco de
combates entre a ala militar da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o
principal partido da oposição, e forças governamentais.
"Não há vestígios militares visíveis e alguns corpos estão sem roupas", descreveu um camponês.
Em declarações à Lusa, Manuel Jamaca, administrador da Gorongosa, não confirmou nem desmentiu a descoberta da vala, apelando ao grupo dos camponeses para contactarem as autoridades para ajudar na investigação deste caso.
O Governo e a Renamo têm-se acusado mutuamente de homicídios e raptos dos seus membros, ao mesmo tempo que se intensificaram nos últimos meses os confrontos militares no centro do país.
A zona dos relatos da vala comum é considerada de elevado risco e difícil acesso, devido à presença frequente de homens armados e que tem provocado forte condicionamento na circulação de pessoas na região.
Moçambique vive uma crise política e militar caracterizada por confrontos entre as forças de defesa e segurança e o braço armado da Renamo e ataques em vários troços das principais estradas do país na região centro atribuídos pelas autoridades ao partido de oposição.
A crise foi desencadeada pela recusa da Renamo em reconhecer a derrota nas eleições gerais de 2014 e pela sua exigência de governar nas seis províncias onde reivindica vitória nas urnas.
AYAC // PJA
Lusa – 29.04.2016
NOTA: A Liga e a Comissão dos Direitos Humanos já lá deviam estar a investigar. A conclusão desta investigação da PRM não vai dar em nada.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
EY: Será que alguém já esteve lá para tirar as imagens para guardar nos arquivos enquanto se espera a mentira da "suposta" investigação da polícia? Será que se trata de genocídio ou dos soldados mortos em combate e que o governo da Frelimo nega a existência de militares mortos e lançados em valas comuns? Não será esta a hora de pedir a intervenção da comunidade internacional para criminalizar os autores destes actos macabros? Claro, a Frelimo é que fez, a Frelimo é que faz!........
"Não há vestígios militares visíveis e alguns corpos estão sem roupas", descreveu um camponês.
Em declarações à Lusa, Manuel Jamaca, administrador da Gorongosa, não confirmou nem desmentiu a descoberta da vala, apelando ao grupo dos camponeses para contactarem as autoridades para ajudar na investigação deste caso.
O Governo e a Renamo têm-se acusado mutuamente de homicídios e raptos dos seus membros, ao mesmo tempo que se intensificaram nos últimos meses os confrontos militares no centro do país.
A zona dos relatos da vala comum é considerada de elevado risco e difícil acesso, devido à presença frequente de homens armados e que tem provocado forte condicionamento na circulação de pessoas na região.
Moçambique vive uma crise política e militar caracterizada por confrontos entre as forças de defesa e segurança e o braço armado da Renamo e ataques em vários troços das principais estradas do país na região centro atribuídos pelas autoridades ao partido de oposição.
A crise foi desencadeada pela recusa da Renamo em reconhecer a derrota nas eleições gerais de 2014 e pela sua exigência de governar nas seis províncias onde reivindica vitória nas urnas.
AYAC // PJA
Lusa – 29.04.2016
NOTA: A Liga e a Comissão dos Direitos Humanos já lá deviam estar a investigar. A conclusão desta investigação da PRM não vai dar em nada.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
EY: Será que alguém já esteve lá para tirar as imagens para guardar nos arquivos enquanto se espera a mentira da "suposta" investigação da polícia? Será que se trata de genocídio ou dos soldados mortos em combate e que o governo da Frelimo nega a existência de militares mortos e lançados em valas comuns? Não será esta a hora de pedir a intervenção da comunidade internacional para criminalizar os autores destes actos macabros? Claro, a Frelimo é que fez, a Frelimo é que faz!........
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