"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

O DIÁLOGO SERÁ RETOMADO ESTE MÊS




Temos informações dando conta que o diálogo será retomado dentro em breve, apenas espera se pela chegadas dos mediadores Internacionais prevista para antes do dia 20 de Janeiro corrente. Há muita expectativa por parte dos partidos frente de libertação de Moçambique (FRELIMO) e resistência nacional moçambicana (RENAMO) em relação a retomada do diálogo.
Os grupos de trabalho para tratar de questões de descentralização da administração pública e da defesa e segurança serão criados dentro da Comissão Mista e terão a seguinte composição:
As sub equipas da descentralização da Renamo e Frelimo terão 2 elementos cada, mais 1 ou 2 mediadores e 1 perito em matéria de descentralização. Por sua vez, o sub grupo para a matéria da defesa e segurança também terá a mesma composição mas o perito será especializado em questões militares.

Frise-se que foi este assunto que a Frelimo colocou na mesa a última hora e que fez emperrar o diálogo. Mas na verdade, esta foi uma manobra de última hora da Frelimo porque julgava que finalmente conseguiria acabar com Dhlakama em Gorongosa entre os dias 6 e 10 do passado mês de Dezembro na famosa "operação de super mágicos" que publicamos oportunamente neste espaço.

Portanto, uma vez os grupos de trabalho criados e tendo a Renamo feito uma grande cedência que é a trégua, estão criadas todas as condições para que o pacote da descentralização seja acelerado para que entre na assembleia da república para ser aprovado em Fevereiro. Enquanto isso, o sub grupo da defesa e segurança vai trabalhar para a reorganização das forças armadas e enquadramento nos lugares de chefia os comandos militares e quadros indicados pela Renamo em todas a estrutura das forças de defesa e segurança (FADM, FIR, PRM e SISE).

Isto é para permitir que haja equilíbrio e para que estes órgãos deixem de ser do partido Frelimo como tem sido apanágio. Hoje, as forças de defesa e segurança e todas instituições do estado são controlados e manipulados pelo partido frelimo, o que é contrário ao espírito dos acordos de Roma. É por isso que todos os moçambicanos neste momento são obrigados a fazer todas vontades da frelimo. Havendo a junção de quadros militares dos dois partidos históricos, 'acaba a hegemonia da frelimo e consequentemente os vestígios do partidarismo desaparecem.

As forças de defesa e segurança tornarão se assim republicanas. Nenhum comandante da Frelimo vai ordenar um ataque a uma sede da Renamo e vice versa. Também ninguém vai ajudar algum partido a fazer fraude, agredindo, algemando e intimidando com fuzis de guerra os membros das assembleias de voto.

Unay Cambuma

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