O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse que é necessário evitar oportunismos nas negociações de paz com a Renamo, declarando acreditar na nova liderança do principal partido de oposição em Moçambique.
“Quando há diálogo ou negociações do mais alto nível, é preciso evitar oportunismo. Não podem aparecer terceiras pessoas, que nem fazem parte das discussões, como porta-vozes de assuntos que não conhecem”, disse o chefe de Estado moçambicano, em alusão a possíveis interferências nas negociações vindas de “dentro ou de fora da Renamo” de pessoas que podem querer aproveitar-se do momento.
Filipe Nyusi falava na quinta-feira num comício no distrito de Nhamatanda, em Sofala, no último dia de uma visita àquela província do centro do país.
O chefe de Estado apelou aos moçambicanos para acreditarem na nova liderança da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), observando que os consensos que culminaram com a aprovação da revisão da Constituição para a descentralização são resultado da atitude daquele partido.
"A nova liderança da Renamo acredita em mim e eu acredito nela", acrescentou o chefe de Estado moçambicano, lembrando que um dos métodos que garantiu o progresso das negociações com o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, foi a relação de confiança entre os dois.
Dhlakama morreu a 03 de Maio na Serra da Gorongosa devido a complicações de saúde e dois dias depois da sua morte a Renamo nomeou Ossufo Momade, chefe do Departamento de Defesa e deputado, como coordenador interino do partido.
Na quinta-feira, a Renamo convocou uma conferência de imprensa para anunciar que está a atender questões urgentes no diálogo pela paz em Moçambique e a seu tempo tratará de eleger um novo líder.
Além da descentralização do poder, entre as questões urgentes estão ainda as negociações sobre a desmobilização, desarmamento e reintegração do braço armado da Renamo.
LUSA – 25.05.2018
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