"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 14 de maio de 2018

ALGUMAS REACÇOES A MORTE DO PRESIDENTE AFONSO DHLAKAMA

segunda-feira, 14 de maio de 2018


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Propriedade do Departamento de Informação Sai as Quinta Feiras * Distribuição Gratuíta * Maputo, 10.05.2018 * Edição nº 232 Ano 5 AFONSO MACACHO MARCETA DHLAKAMA NOSSO PRESIDENTE-PAI- MESTRE-ADORADO-AD- MIRADO-NOSSO TUDO… NÃO MORRESTE. CONTINUAS VIVO EM CADA MOÇAMBICANO! 2 Editorial ADEUS PRESIDENTE, PAI, MENTOR, AMIGO, HEROI NACIONAL, AFONSO DHLAKAMA Nascido no dia 1 de Janeiro de 1953 em Mangunde, Chibabava, na província de Sofala, o Presidente da RENAMO e Membro do Conselho de Estado Afonso Macacho Marceta Dhlakama perdeu a vida na manhã do dia 3 de Maio de 2018, na serra da Gorongosa onde se encontrava refugiado depois de o governo moçambicano ter tentado insistentemente assassiná-lo por via militar. Aos 65 anos de vida, o Presidente Dhlakama não resistiu as intensas dores que se presume terem sido originadas por um problema crónico relacionado a diabetes. Afonso Dhlakama, é o exemplo do herói que Moçambique merece ter e valorizar. O Presidente Dhlakama iniciou sua carreira muito jovem quando ingressou no exército nacional das extintas FPLM, onde chegou a desempenhar o posto de Comandante de logística na província de Sofala. Depois da independência nacional, devido a desentendimento com suas chefias, viria a abandonar suas funções para se juntar aos embriões da Resistência Nacional Moçambicana na antiga Rodésia, hoje Zimbabwe. A morte do Presidente Afonso Dhlakama comove Moçambique e o mundo, o desalento é geral. Apesar da decisao governamental de não conceder tolerância de ponto para o povo acompanhar as cerimónias fúnebres, a populacao tomou iniciativa propria e participou em massa para dar o último Adeus ao seu lendário líder. Moçambique perdeu um grande HOMEM! Esse é o sentimento geral de todos os moçambicanos, independentemente do seu credo político ou religioso. Sim, perdemos um grande líder. Maio de 2018 será para sempre um dia a recordar na história de Moçambique. Se não oficialmente, pelo menos nos corações do povo este dia viverá para sempre e grande parte dos moçambicanos ficara em sentido para a memória deste grande herói: AFONSO MACACHO MARCETA DHLAKAMA, o Pai da democracia multipartidária em Moçambique e mestre para todo o mundo oprimido pela ditadura. Afonso Dhlakama é sem dúvida a figura maior na luta pela liberdade do povo moçambicano. Afonso Dhlakama amava Moçambique e África. Tinha orgulho em ser “Homem Moçambicano” mesmo quando os seus adversários por vários momentos o incitavam a dividir o país, ele dizia: ” Moçambique não será dividido porque eu quero governar o país inteiro e não um pedaço de Moçambique. Eu amo os do Sul, do centro e do norte deste país. Por isso nunca vou dividir o país” A História do Presidente Afonso Dhlakama regista acontecimentos que marcaram o percurso de um povo pelos caminhos da liberdade, democracia e dos direitos humanos. Ele morreu quando se batia contra a opressão do seu povo, contra as assimetrias regionais e pela justiça eleitoral. Ele foi um lutador pela liberdade contra as formas mais modernas de escravatura. NOSSO PRESIDENTE, HERÓI MOÇAMBICANO, MENTOR, PAI, GRANDE AMIGO AFONSO DHLAKAMA, temos a certeza que os combatentes pela liberdade e independência de Moçambique que estiveram lado a lado contigo, ainda vivos, continuarão animados pelos teus ideais e continuarão impelidos pela fé na vitória. Corajosos e determinados saberão contornar obstáculos ao longo da dura luta pela liberdade que ainda resta pela frente. A honra de HEROI NACIONAL que o povo exige para o Presidente Afonso Dhlakama é justa e legitimamente devida. E mesmo que o governo da FRELIMO recuse, a história registou os seus ideais de identidade nacional, sua memória prevalecerá nos corações do povo até dos seus detractores. Descanse em Paz Presidente, Mentor e Herói Nacional Ficha técnica Director:Jeronimo Malagueta; Editor: Gilberto Chirindza; Redacção:Natercia Lopez; Colaboradores: Chefes regionais de informação; Maquetização: Sede Nacional da Renamo Av. Ahmed Sekou Touré nº 657; Email: boletimaperdiz@gmail.com Cells: 829659598, 844034113; www.renamo.org. Nº de Registo 07/GABINFO-DEC/2015 “ANÁLISE DEMOCRATICA” Um programa radiofónico que faz análise dos temas políticos e sociais de destaque semanal. Sintonize e escute a frequência 90.0FM Rádio Terra Acompanhe em todos os sabádos das 11:00 às 12:00 horas Participe! 821075995 ou 840135011 3 Realizou-se na quinta-feira o funeral do presidente da RENAMO - Resistência Nacional Moçambicana Afonso Dhlakama, na província central de Sofala, na aldeia de Mangunde, local onde nasceu, situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste da cidade da Beira. Foi sensivelmente as 11horas que o acto fúnebre aconteceu, no cemitério famíliar, localizado no mesmo local mencionado acima, no distrito de Chibabava, sua terra natal. Na quarta-feira, o Presidente da República, Filipe Nyusi, participou nas exéquias fú- nebres do Presidente Afonso Dhlakama, que aconteceram na cidade da Beira, no largo dos Caminhos de ferro de Moçambique. Uma cerimónia preparada por uma comissão mista, envolvendo o governo, RENAMO, família e o Municí- pio da Beira. Na sua intervenção, o presidente da República e da Frelimo Filipe Nyusi manifestou seu interesse de ver as negociações para a paz efectiva em Moçambique a prosseguir, apesar do desaparecimento físico do Presidente da RENAMO Afonso Dhlakama, seu interlocutor directo no processo negocial. No seu discurso, o Presidente Nyusi considerou que o presidente da RENAMO Afonso Dhlakama era uma figura com “páginas indeléveis” na histó- ria da nação moçambicana e considerou que a sua morte não deve ser “um revés” nos acordos que estavam a ser alcançados. De recordar que finda a cerimónia fúnebre, os restos mortais do saudoso presidente da RENAMO foram transportados por via terrestre para o local onde foram depositados, tendo sido velados por enorme multidão que acorreu ao local para o último adeus ao grande herói nacional. PRESIDENTE AFONSO DHLAKAMA FOI A ENTER- RAR NA QUINTA-FEIRA 4 continua na pág 5 ELEGIA AO PRESIDENTE, GENERAL RESISTÊNCIA NACIONAL MOÇAMBICANA ELEGIA AO PRESIDENTE DA RENAMO AFONSO MACACHO MARCETA DHLAKAMA Beira, MAIO 2018 Estamos aqui, em representação dos milhões de Moçambicanos que confiaram na RENAMO para ser a sua voz esclarecida e descomprometida em todo o território nacional exprimindo a dor que partilhamos pela inesperada partida de Sua Excelência Afonso Macacho Marceta Dhlakama. Para a sua família, vão as nossas primeiras palavras, de profunda e sentida solidariedade! Sou aqui a Presidente da Juventude da RENAMO, a representante da Bancada Parlamentar da RENAMO, mas também a sobrinha que expressa publicamente a gratidão ao seu tio querido, por tudo o que me ensinou e pela oportunidade que me deu de defender, junto dos meus concidadãos, as suas ideias e os seus sonhos. Os nossos corações estão despedaçados por uma perda que muito nos abala. Todos nós, não mais poderemos conversar com o nosso Presidente Afonso Dhlakama. Sentiremos a falta de ouvir os seus ensinamentos sobre as políticas de governação, sobre a cultura do Partido e como este pode contribuir para resolver os problemas do nosso Povo. Parte o guerrilheiro, um general que desde jovem iniciou a luta dos direitos dos povos de África e do Mundo. O general dos generais! Parte um homem que era o escudo intransponível contra as injustiças dos poderosos, aquele que nos protegia dos abusos dos que usam a governação para perpetuar tiranias e privilégios próprios. Inclinamo-nos, eternamente agradecidos, perante aquele que, até ao seu último sopro de vida, sempre se bateu com enorme coragem pelos nossos direitos e liberdades, contra os tiranos e os seus exércitos e polícias armados. Não foi em vão a luta do nosso general pelo respeito dos direitos humanos, pelo bem-estar dos povos e pela defesa das nossas riquezas naturais. Parte Afonso Dhlakama mas fica a herança dos seus ideais que são mais um património que todos os Moçambicanos devem preservar! Ideais de um herói e filho do povo que enriquecem a nossa cultura e reforçam a defesa das nossas tradições, dos nossos recursos naturais, contra a destruição da terra e das florestas, em defesa das savanas, das praias, dos lagos e dos rios, da fauna e da flora que dão brilho ao nosso Moçambique. Perdemos o Pai da Democracia Moçambicana, mas ficam os seus ideais para guiar a nossa prática em defesa da liberdade de pensamento e expressão. As lágrimas que os jovens da RENAMO e toda a sociedade vertem são sinal da nossa dor. Mas é grande a determinação da maioria dos jovens, futuros chefes de família e toda a sociedade em transformar essa dor em energia, para lutarmos ainda com mais força pela liberdade e por um futuro melhor! Vamos celebrar a vida de Afonso Dhlakama com o compromisso de prosseguir o caminho de progresso que nos mostrou e cumprir os objectivos da obra que tinha em mãos: consolidar a democracia, promover a justiça social e garantir um futuro melhor para o nosso povo. O Povo Moçambicano esteve com Afonso Dhlakama e estará connosco, dando continuidade à luta contra arbitrariedades e tiranias, celebrando a vida humilde mas de bravura, nos campos, nas cidades, nas vilas, nas localidades e nas povoações, crianças e jovens, idosos, homens e mulheres que todos sejam Dhlakama. Moçambicanos, compatriotas, Uma vez, o Pai da Democracia disse: «Eu estou aqui, não porque quero estar, mas porque quero que todos moçambicanos se sintam parte de Moçambique.» Essas simples palavras traduzem a realidade moçambicana do passado e do presente! Afonso Dhlakama, com grande cumplicidade e apoio do Povo Moçambicano, estava a construir a estrada do nosso futuro. A sua vida deve ser um exemplo para todos nós não importa a idade. Para os jovens moçambicanos, que são o nosso futuro! A força, a determinação e a coragem que ele nos ensinou a cultivar e a interpretar, têm por base as fortes convicções humanistas e os valores democrá- ticos que sempre orientaram a sua prática política. Nunca se esqueçam de que, mesmo perseguido pelo sistema e regime vigentes, foi capaz de recusar o conforto e os luxos que lhe ofereciam para lutar pela liberdade. Se a liberdade hoje ecoa em todos os cantos de Moçambique, isso se deve à sua incansável luta. Um exemplo também para as mulheres moçambicanas, que não devem esquecer que, se a Constituição de Moçambique consagra hoje direitos iguais a homens e mulheres, isso se deve aos Acordos de Roma. Afonso Dhlakama dedicou toda a sua força e inteligência ao propósito de garantir condições de justiça e igualdade a todas as mulheres jovens e não só, muito sacrificadas pelo sistema e regime vigentes deste 1975. Porque foi capaz de interpretar os sonhos e os desejos dos cidadãos moçambicanos mais maltratados, Dhlakama tem um lugar de primeiro plano na história de Moçambique. Em 1994 realizaram-se as primeiras eleições democráticas e, apesar de não ter sido empossado formalmente como Presidente da República, Afonso Dhlakama foi eleito Presidente de Moçambique no coração dos mais desfavorecidos, dos mais injustiçados, de todos aqueles que o sistema colocou – e continua a colocar – na periferia da sociedade. O presidente Afonso Dhlakama já não está connosco fisicamente. Mas está bem vivo no coração de todos os moçambicanos! Se temos a liberdade de nos expressar livremente por todos os lugares deste nosso belo país a ele o devemos. A sua presença carismática, de trato afável, simpática, foi estrutural para impedir a propagação da tirania. Para tal, abdicou de uma vida própria, dedicando, desde a mocidade, todas as suas horas e energias à causa da nossa liberdade e do nosso progresso como seres humanos. Moçambicanos, sejam Dhlakama! Por tudo isto, Afonso Dhlakama é um exemplo para o Povo moçambicano. Ainda recentemente, com a sua determinação e graças a uma estratégia de negociação serena e inteligente, colocando Moçambique acima dos seus interesses particulares e partidários, o nosso Presindete declarou unilateralmente o cessar fogo ilimitado, permitindo até que o Presidente Filipe Nyusi o fosse visitar à Serra da Gorongoza. Com a sua enorme experiência política e militar, mostrou-nos como a violência indirecta mata mais do que a «violência directa». Com as suas contribuições e sugestões políticas, à luz da Constituição da República e respondendo aos anseios de todos os Moçambicanos, fez entender ao Presidente Nyusi que o país deveria ficar numa situação firme e segura, mas independente de influências. A Segurança Nacional deve garantir a capacidade do Estado em preservar o modo de vida dos seus cidadãos. Por isso, os Comandos da RENAMO, ontem jovens como nós, devem a bem da Nação, ser integrados nas Forças de Defesa e Segurança. Dhlakama sempre mobilizou o melhor que há em nós. Parte, mas deixa a sua marca na nova estrutura do Estado Moçambicano, com a proposta da descentralização incorporada na proposta de Revisão Pontual da Constituição de Moçambique depositada na Assembleia da República. Desde os Acordos de Roma, celebrados em 1992, que Dhlakama contribuiu conceitualmente para que o Estado e as suas estruturas se moldem e edifiquem na base de novos alicerces democráticos. Pela sua palavra e pelo seu exemplo, Afonso Dhlakama, na prática, vimos que uniu os Moçambicanos de todas as idades. A visita do Presidente Nyusi à Serra da Gorongoza é o sinal de ter compreendido que o general Dhlakama era portador de uma mensagem multiculturalista, homem com a alma de um ser jovem, superior e aberto para todos. Ele tinha verdadeiramente todos os Moçambicanos no coração e por isso a sua morte, se é motivo de dor, não é o fim da esperança para uma vida melhor. Ele parte, mas ficamos nós, para continuar a sua missão! Mantendo vivo o seu sonho de um país livre e democrático, lugar onde Moçambicanos sejam verdadeiramente iguais em oportunidades e direitos. Dhlakama foi descansar depois de 42 anos ao serviço do povo. Compatriotas, de hoje em diante, somos todos Dhlakama! Muito obrigada Dra. Maria Ivone Rensamo Bernardo Soares Membro da Comissão Política Nacional da RENAMO continuação da pág 4 5 PORTUGAL Em nota publicada no portal da Presidência da República, o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte do Presidente da RENAMO - Resistência Nacional Moçambicana, Afonso Dhlakama e apresentou suas condolências a família. Em mensagem enviada ao presidente Filipe Nyusi, o Presidente português, expressou o seu pesar pelo falecimento do líder da RENAMO, partido com assento na Assembleia da República e interlocutor no diálogo da paz e da concórdia neste país irmão. NÚNCIO APOSTÓLICO EM MOÇAMBIQUE A representação diplomática da Santa Sé em Moçambique, afirma ter recebido com profunda dor e consternação a noticia sobre a morte de Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, o maior partido da oposição em Moçambique, ocorrido na passada quinta-feira, 3 de Maio, em Sofala. Falando ao Vatican News em Maputo, o Núncio Apostólico em Moçambique, Dom Edgar Peña Parra, manifestou sentidas condolências aos moçambicanos, mas muito em especial à família de Afonso Dhlakama e transmite a sua solidariedade pelo sucedido. Dom Edgar Peña Parra, afirmou que Moçambique perdeu um homem que nos últimos anos estava empenhado na restauração da paz efectiva no país, cujo diálogo mantinha com o Presidente da República, Filipe Nyusi. No entanto, Peña Parra, vinca que a morte de Afonso Dhlakama não pode significar morte do diálogo político com vista à restauração de paz efectiva e duradoira no país. CABO VERDE O Governo cabo-verdiano lamenta profundamente a morte do Presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama. Falando no término da reunião de conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros disse: “O Governo lamenta profundamente a morte de Afonso Dhlakama, um moçambicano que dedicou toda a vida ao seu país. Esperamos que, lá onde estiver, possa ver um Moçambique desenvolvido, de paz, pelo qual tanto lutou”. EUA A embaixada dos EUA em Maputo destacou hoje o empenho do Presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama na busca da democracia e paz em Moçambique, encorajando a RENAMO e o Governo a honrarem o legado do político. Em nota publicada a imprensa, a embaixada dos Estados Unidos da Amé- rica salienta: “Através de um esforço conjunto, primeiro com o Presidente Joaquim Chissano e mais recentemente com o Presidente Filipe Jacinto Nyusi, Afonso Dhlakama provou a Moçambique e ao mundo que estava empenhado em alcançar a democracia e uma paz duradoura”. A mesma nota enaltece os feitos do Presidente Dhlakama, afirmando que até aos últimos dias, o Presidente Dhlakama trabalhava arduamente para fazer valer o princípio de descentralização do Estado e desmilitarização das forças remanescentes da RENAMO. UNITA Numa nota de condolências assinada pelo Secretário Executivo do Comité Permanente da Comissão Política, aos 3 de Maio corrente, a direcção UNITA destaca que foi com profunda consternação que recebeu a notícia do falecimento do Presidente da RENAMO, Afonso Macacho Marceta Dhlakama, aos 65 anos de idade. A mesma nota prossegue com o historial da vida e obra do Presidente Dhlakama, destacando a a vida de combatente desde 1976 e sua ascensão a liderança da RENAMO após a morte em combate do comandante André Matsangaíssa em 1979. A UNITA compara o cenário de Moçambique a realidade do seu país onde não havia outra maneira de dialogar com o poder a não ser pela via das armas, pois após a independência, a FRELIMO tinha instalado um sistema de partido único, à moda dos regimes comunistas da então União Soviética e da Europa de Leste. “Foi assim que a Afonso Dhlakama e seus seguidores, não restou outro caminho a seguir senão fazer a guerra para se conseguir a democratização do país. Depois de 17 anos de luta, a 4 de Outubro de 1992, Afonso Dhlakama assinou o acordo de cessar -fogo com o Presidente Joaquim Chissano em Roma tendo-se, com esse gesto, iniciado verdadeiramente o processo de democratização de Moçambique”. Diz a nota da UNITA, para de seguida salientar: “A lição que a vida de Afonso Dhlakama nos deixou é de que nenhum povo deve aceitar a subjugação por sistemas totalitários, seja qual for a roupagem que esses sistemas tiverem. Para impedir isso, se necessário, é preciso lutar até à morte”. Para terminar a direcção da UNITA afirma que nesta hora de dor, curva-se perante a memória do Presidente Afonso Dhlakama e apresenta os seus mais sentidos pêsames à família enlutada, à RENAMO e a todos os moçambicanos que hoje perderam uma grande figura nacional, um verdadeiro combatente da liberdade. ALGUMAS REACÇOES A MORTE DO PRESIDENTE AFONSO DHLAKAMA 6
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