07/05/2018
A Polícia da República de Moçambique anunciou este domingo ter acolhido em Nangade, norte do país, três mulheres que fugiram do esconderijo de um dos grupos armados que tem atacado aldeias naquela zona da província de Cabo Delgado.
Com elas, a pé, seguiam pelo menos três crianças, duas das quais ficaram hospitalizadas e que viviam também no suposto reduto, de acordo com uma reportagem da Televisão de Moçambique. No mesmo local dizem estra outras 200 mulheres.
Segundo contaram, deixaram as aldeias a convite dos maridos com promessa de vida milionária em Mocímboa da Praia, município vizinho,
No entanto, foram transportadas durante a noite, em canoas, para um local desconhecido na mata com "um ambiente semelhante ao de um quartel" e onde lhes foram retirados os telemóveis, contaram.
Tinham pouca comida, serviam-se de mandioca roubada pelos homens em terrenos nas imediações e tiveram dificuldade em fugir, acrescentaram.
A província de Cabo Delgado tem sido palco de confrontos esporádicos entre alegados grupos armados, forças de segurança e população, alguns dos quais provocando vítimas civis.
O principal incidente aconteceu em outubro de 2017, quando a vila de Mocímboa da Praia foi sitiada por um grupo armado de alegada inspiração islâmica, mas sem líderes ou motivações claras.
Na altura, a população e líderes religiosos na zona de Montepuez, disseram à Lusa haver na região de campos de treino de grupos armados, em locais desconhecidos, e para onde estavam a ser aliciados vários residentes.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) tem referido que a normalidade foi resposta na região e que ocorrências criminais posteriores a outubro de 2017 não podem ser atribuídas à mesma origem.
LUSA – 07.05.2018
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