"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 15 de maio de 2018

NÃO IMPORTA A COR DO GATO DESDE QUE APANHE (CACE) RATO

terça-feira, 15 de maio de 2018


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SOBRE A SUCESSÃO DO AFONSO DHLAKAMA NA RENAMO LEMBREM-SE QUE “ NÃO IMPORTA A COR DO GATO DESDE QUE APANHE (CACE) RATO”: O importante é que o sucessor saiba carregar o testemunho e dê continuidade aos processos de paz e descentralização já iniciados!
Desde o anúncio da morte do líder da Renamo, cresce o debate sobre a sua sucessão. É um debate mais centrado no tipo de pessoas do que nas capacidades exigidas do tal sucessor. Uns apontam que o sucessor de Afonso Dhlakama deve sair da ala militar, outros, defendem que deve sair da ala política, alguns apontam para Bissopo, outros, para Ivone Soares, Muchanga, e para o actual coordenador da Renamo, Ossufo Momade. Certas vozes defendem que o sucessor deve ser do centro do país (de preferência de Manica ou Sofala) e deve ser da etnia (grupo étnico-linguístico) Ndau. Há quem diga que deve sair das fileiras militares lá de Gorongosa. Certos rumores apontam para um tal filho de André Matsangaissa como sendo o sucessor e também, há quem diga que Dhlakama escolheu o seu sucessor antes da sua morte. Todo este debate se centra mais no aspecto - “Quem” (militar ou político, ndau, homem ou mulher, Ivone ou Bissopo…) do que nas capacidades requeridas (capacidade de produzir resultados óptimos/pretendidos) do sucessor de Dhlakama. Neste debate, se está mais preocupado com a “cor do gato” do que com as habilidades do tal Gato. Pouco se questiona se os tais gatos (pessoas indicadas para a sucessão de Dhlakama) estão em condições de caçarem e apanharem ratos (dar continuidade aos trabalhos de Dhlakama e fazer ainda melhor). É por isso que vale a pena lembrar à Renamo e aos interessados na sucessão do líder da Renamo que não importa a cor do gato desde que ele apanhe ratos. É por isso que se chama à colocação a célebre frase e princípio que esteve na origem da transformação e da ascensão da China como uma potência económica mundial. A célebre frase “Não importa se o Gato é preto ou branco desde que que cace os ratos”, foi pronunciada em 1961 pelo famoso líder reformista chinês Deng Xiaoping (o sucessor de Mao Tsé-Tsung, Pai do “Socialismo de mercado” e liderou a China entre 1978 a 1990). Esta frase revela a essência do “modelo chinês”, responsável pelo rápido crescimento económico que fez da China uma superpotência económica (2ª maior economia mundial). Analisando a sucessão de Dhlakama com base neste princípio, se pode inferir que na sucessão do líder da Renamo pouco deve importar a “cor do Gato”, mas sim, o apanhar ratos (gerar resultados). Pouco devia importar o sexo, a ala, a religião, a cor, a raça, a etnia do sucessor do Dhlakama desde que ele saiba guiar a Renamo às vitórias eleitorais. O sucessor de Dhlakama, venha de onde vier, somente será útil, se souber caçar e apanhar ratos (liderar a Renamo e a oposição rumo a um crescente poder, à Paz, à estabilidade nacional, consolidação democrática, maior inclusão e desenvolvimento). Pois, tudo que se espera de um Gato é que ele cumpra o seu papel clássico que consiste em apanhar ratos. O sucessor de Dhlakama não deve ser como um gato de estimação com funções decorativas, mas deve ser capaz de “caçar e apanhar ratos”. Pouco de deve importar se é um militar ou político. O que adianta colocar um político ou militar incapaz que ao invés de liderar a Renamo rumo à consolidação do processo de paz e às vitórias eleitorais venha a afundar a Renamo e mergulhar o país numa guerra terrível e desnecessária?
Péricles Maquiavel, 14/05/2018

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