"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 6 de maio de 2016

Administrador da Gorongosa nega aos jornalistas acesso ao local da suposta vala comum

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Vala2No âmbito da estratégia de esconder a verdade
O administrador do distrito da Gorongosa, Manuel Jamaca, evocou motivos administrativos para impedir os jornalistas e a delegação do Governo Provincial de Sofala de atravessarem o rio Nhanduwe para a região de Tropa, distrito de Macossa, província de Manica, onde os camponeses dizem existir uma vala comum com mais de 100 corpos abandonados.
A comitiva tinha previsto atravessar na manhã de ontem para a referida região onde, segundo dizem residentes daquele local, existe uma vala com corpos humanos abandonados.
Mas o administrador Manuel Jamaca alegou observância das formalidades do Governo moçambicano para impedir a travessia dos jornalistas, por a região se encontrar noutra província, concretamente a de Manica.
O local onde supostamente se encontra a referida vala, separado por uma ponte, dista cinco quilómetros do distrito da Gorongosa.
Manuel Jamaca interditou também a travessia de todas as viaturas que transportavam a comitiva do Governo de Sofala alegando outro motivo: os confrontos militares que ocorrem frequentemente naquela região.
O administrador da Gorongosa disse que os jornalistas deviam atravessar com viaturas, por sua própria conta e seu próprio risco.
“Decidam sozinhos, e com meios próprios deslocam-se às regiões de Tropa e Pedreira, que distam cerca de 30 quilómetros do local, com vista a apurar-se”, afirmou.
Devido à pretensão de Manuel Jamaca de impedir o avanço, os jornalistas dos órgãos independentes decidiram por meios próprios atravessar o rio para a região de Tropa, deixando para atrás todos os órgãos de comunicação social ligados ao regime.
Embora sendo perigoso, e estando desprovidos de meios próprios e de segurança, os correspondente do “Canalmoz”, STV, “Miramar”, DW, “Zambeze” e “Magazine CRV” atravessaram o rio Nhadue, até ao local onde que depararam com os primeiros corpos humanos.
Foram percorridos treze quilómetros, ida e volta, com o apoio de um guia encontrado no local onde foi possível identificar os corpos.
O local é uma zona fértil e rica em recursos minerais, sobretudo ouro.
A zona da pedreira, onde se presume que se encontre a vala comum, dista 25 quilómetros do local onde, na quarta-feira, foram encontrados os primeiros 17 corpos.
À beira da Estrada Nacional N1, sente-se um cheiro forte vindo das matas, onde se presume que existam mais corpos humanos. (José Jeco, em Gorongosa)
CANALMOZ – 06.05.2016
NOTA: Desde quando os jornalistas necessitam de autorização governamental para se deslocarem no país?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

EY: Esse coitado de administrador por querer ganhar confiança dos seus chefes, vai ter que também responder criminalmente por colaborar com o terrorismo no país.

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