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segunda-feira, 23 de maio de 2016

PARA ACEDER AO MERCADO EUROPEU: EMATUM redimensiona embarcações de pesca

 


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Ematum_barcos-ancoradosDOZE embarcações da Empresa Moçambicana do Atum (EMATUM) estão a ser reformadas, em doca, para responder às exigências da União Europeia (UE) às características técnicas dos barcos envolvidos na captura do pescado destinado àquele mercado.
A operação, segundo apurámos, enquadra-se no esforço de rentabilização dos investimentos feitos na compra das embarcações, de modo a garantirem o necessário retorno.
Na semana passada o ministro da Economia e Finanças, reiterou que tudo está a ser feito para que as empresas que beneficiaram de garantias do Estado na contratação de dívidas no mercado internacional sejam elas próprias a assumir os encargos.
Q que sucede, segundo Adriano Maleiane, é que os importadores europeus exigem que as embarcações envolvidas na captura de atum respondam a algumas especificidades, razão porque a empresa moçambicana se vê na contingência de remodelar parte dos seus barcos e adequá-los aos requisitos exigidos.
Segundo apurámos, os trabalhos estão a cargo de uma firma sul-africana da especialidade, sendo no entanto verdade que a operação de remodelação não vá abranger a totalidade das embarcações da EMATUM devido aos elevados encargos que os trabalhos acarretam.
“O que a EMATUM nos explicou é que para exportar atum para a Europa há regras que devem ser seguidas e eles mandaram a inspecção para ver os barcos como estão e recomendaram as adaptações para cumprir os requisitos”, explicou o Ministro da Economia e Finanças moçambicano, Adriano Maleiane, perante deputados da Assembleia.
Além da Europa, a EMATUM tem também como principais destinos da sua produção a China e o mercado interno.
Num encontro recente com a sociedade civil, Maleiane havia explicado que devido à situação optou-se primeiro por negociar com a empresa que produziu os barcos para realizar as intervenções requeridas, mas porque os custos envolvidos são elevados na remodelação eram elevados optou-se por contratar uma empresa sul-africana, que já está a trabalhar no assunto.
“Os custos envolvidos na remodelação dos barcos são elevados, daí que o trabalho esteja a ser feito por fases. Neste momento temos uma parte da frota pronta, enquanto se mobilizam outros fundos para pagar a parte restante”, sublinhou Maleiane, sem contudo referir os montantes envolvidos na operação.
NOTÍCIAS – 23.05.2016
NOTA: As exigências da União Europeia já existiam quando da contratação para a construção da frota. Alguém deverá ser responsabilizado por esta falha e dispêndio extra, além do prejuízo causado pelo atraso no início das operações de pesca. Sendo “elevados os custos envolvidos na remodelação”, mais uma razão para a responsabilização de quem falhou. Mas há quem diga que estamos perante mais um escândalo: a obtenção fraudulenta de facturas de despesas para justificação de desvios de dinheiros que urge justificar. Que exigências não foram contempladas aquando da construção das embarcações, quais os valores pedidos pelo estaleiro francês e a empresa sul-africana, e qual o nome desta empresa? É o mínimo que o “patrão” exige.

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