"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 6 de maio de 2016

“Tropas governamentais abusam a população em zonas de conflito”

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Jose_LoboJosé Horácio Lobo revela
Milhares de moçambicanos refugiados no Malawi devidos os conflitos armados entre as Forças de Defesa e Segurança e os homens armados da Renamo, pedem um cessar-fogo urgente para retomarem as suas vidas de modo que as crianças possam ir a escola.
Segundo o Chefe Adjunto da Bancada do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), José Horácio Lobo, os refugiados que vivem no Malawi relatam que as forças do Governo na sua fase de recuo, durante o combate que tem tido com a RENAMO, chegam às aldeias incendeiam as casas e celeiros e matam os moradores, alegando que a população alberga os apoiantes da Renamo. Lobo, fez estas revelações na Capital moçambicana após a delegação parlamentar do MDM ter visitado os campos dos refugiados localizados em Luwane e Kapisse no Malawi, e zonas de Angónia e Tsangano na Província de Tete, onde segundo a fonte, estabeleceu um diálogo que lhe permitiu perceber o drama pelo qual passam os moçambicanos.
“Mariete Francisco, do povoado de Ndande, foi barbaramente assassinada à faca na presença dos seus familiares, acusada pelas tropas do governo de ser mulher de um dos homens da RENAMO”, revelou Lobo.
De acordo com José Lobo, refugiados contactados pelo MDM, afirmaram claramente que têm medo das tropas do governo porque queimaram-lhes as suas casas, celeiros e roubaram-lhes animais como cabritos, porcos, galinhas e patos.
Lobo, vai mais alto ao afirmar que os factos no terreno desmentem a tese com que o governo tem vindo a relata à comunidade nacional e internacional de que alguns moçambicanos já começaram a retornar à pátria.
“Procuramos saber se já há retornos dos moçambicanos do Malawi para Moçambique, eles dizem que não existe nenhum moçambicano a regressar porque tem medo das tropas governamentais que ainda estão naquelas áreas. Eles dizem que enquanto não haver paz e condições gerais em Moçambique nunca regressarão”, concluiu Lobo.
O DIA – 06.05.2016

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