Editorial |
Escrito por Redação em 27 Maio 2016 |
Hoje parece que ninguém tem mais dúvidas de que, no nosso país, as liberdades de expressão e de pensamento não passam de meras intenções. A despeito das liberdades estarem garantidas na Constituição da República, a realidade tem-se manifestado de forma diferente. Ou seja, tudo indica que a liberdade de expressão e de pensamento consagrada na lei-mãe tem uma função meramente cosmética, equiparando-se as bolinhas numa árvore de Natal.
Esses factos mostram que o país se tornou uma ditadura que se esconde por detrás da democracia. É, igualmente, evidente que o regime preparou – e tem vindo a preparar - homens, e os armou até aos dentes, para eliminar ou amedrontar todos os moçambicanos que ousarem criticar ou se opor ao Governo de turno. Como povo não deveríamos nos deixar amedrontar por essas acções que visam controlar consciências no seio das famílias moçambicanas. Mas, infelizmente, como moçambicanos, o que mais nos têm faltado – e que vai ficando bem à vista, a cada dia quese levanta – é a sensibilidade, facto que deveria fazer corar de vergonha a todos os nós. Aliás, as situações até aqui registadas são motivos mais do que suficientes para sairmos às ruas e mostrar a nossa indignação, independentemente dos tanques de guerra que são postos a circular nas principais artérias da urbe. Temos sido insensíveis diante das atrocidades cometidas pelo Governo contra a dignidade e integridade física de cidadãos honestos. Somos incapazes de protestar contra todos os actos bárbaros que vitima(ra)m muitos dos nossos compatriotas. Despojados de consciência crítica, vivemos e andamos amedrontados e sem discernimento, tudo porque tememos que o Governo envie os seus cães de guarda para reprimirem, castrarem e até matarem todos aqueles que tiverem a ousadia de se lhes resistirem. |
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
sexta-feira, 27 de maio de 2016
@Verdade EDITORIAL: Deus nos acuda
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