E diz que o país está em guerra
O comandante provincial da Polícia da República de Moçambique em Sofala, Alfredo Mussa, disse ontem, na Beira, que é normal que haja corpos sem vida espalhados nas matas, como está a acontecer em Manica, porque, na sua opinião, estamos numa situação de guerra. Alfredo Mussa falava durante a audição que está a ser levada a cabo pela Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade da Assembleia da República, que se encontra na província de Sofala, a inquirir o Governo local e jornalistas sobre o caso da vala comum.
O comandante da PRM, que acusou a Renamo de ter morto as tais pessoas, disse que elas podem ter sido envenenadas ou fuziladas por guerrilheiros da Renamo, tentando introduzir uma nova narrativa para contra contrariar a versão que aponta que aqueles corpos são de cidadãos que foram assassinados pelo Exército governamental, sob acusação de serem colaboradores e apoiantes da Renamo.
Depois de, na passada sexta-feira, ter ouvido o delegado da agência Lusa em Maputo, a 1.a Comissão da Assembleia da República deslocou-se a Sofala, onde se espera que hoje, terça-feira, vá às matas de Macossa, na província de Manica, à procura da vala comum.
O
facto é que o inquérito está a ser dirigido de forma tendenciosa, que visa
reduzir o número de corpos encontrados. Para tal, Edson Macuácua, presidente da
Comissão e ex-chefe do G40, grupo especialista em desinformação, está a conduzir
o inquérito para um único ponto: existência, ou não, da vala comum, não se
preocupando com o próprio conceito de “vala comum”.
Na audição de segunda-feira, em que foi inquirido o correspondente da agência Lusa, André Catueira, que foi o primeiro repórter a publicar o despacho noticioso da descoberta de corpos sem vida nas matas, Edson Macuácua não conseguiu explicar aos jornalistas sobre qual é o seu entendimento sobre o que é uma vala comum.
“Não é pertinente saber conceitos. Queremos questões objectivas, concretas e factuais. Não queremos entrar muito em divagações filosóficas, teóricas, queremos saber onde há vala comum na província de Sofala, e há um consenso sobre vala comum que nós todos temos, e este que está em averiguação”, disse Macuácua, sem explicar qual é o tal conceito de vala comum.
Na audição, Edson Macuácua quis que o jornalista revelasse as suas fontes, facto que foi prontamente recusado pelo jornalista. Há relatos de sequestros, naquela região, de cidadãos que estão a ser acusados de terem mostrado aos jornalistas os corpos abandonados,
Recorde-se que, no distrito de Macossa, na província de Manica, foram encontrados dezenas de corpos depositados debaixo de uma ponte e outros espalhados a escassos metros da ponte, facto que sugeria um assassinato em massa.
Ainda neste fim-de-semana, foram encontrados mais sete corpos, já em avançado estado de decomposição, a escassos metros do local onde foram encontrados os anteriores treze corpos, em Abril passado. (Redacção com José Jeco na Beira)
CANALMOZ – 31.05.2016
Na audição de segunda-feira, em que foi inquirido o correspondente da agência Lusa, André Catueira, que foi o primeiro repórter a publicar o despacho noticioso da descoberta de corpos sem vida nas matas, Edson Macuácua não conseguiu explicar aos jornalistas sobre qual é o seu entendimento sobre o que é uma vala comum.
“Não é pertinente saber conceitos. Queremos questões objectivas, concretas e factuais. Não queremos entrar muito em divagações filosóficas, teóricas, queremos saber onde há vala comum na província de Sofala, e há um consenso sobre vala comum que nós todos temos, e este que está em averiguação”, disse Macuácua, sem explicar qual é o tal conceito de vala comum.
Na audição, Edson Macuácua quis que o jornalista revelasse as suas fontes, facto que foi prontamente recusado pelo jornalista. Há relatos de sequestros, naquela região, de cidadãos que estão a ser acusados de terem mostrado aos jornalistas os corpos abandonados,
Recorde-se que, no distrito de Macossa, na província de Manica, foram encontrados dezenas de corpos depositados debaixo de uma ponte e outros espalhados a escassos metros da ponte, facto que sugeria um assassinato em massa.
Ainda neste fim-de-semana, foram encontrados mais sete corpos, já em avançado estado de decomposição, a escassos metros do local onde foram encontrados os anteriores treze corpos, em Abril passado. (Redacção com José Jeco na Beira)
CANALMOZ – 31.05.2016
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