"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sábado, 19 de março de 2016

Dhlakama não quer ruídos com mediadores propostos pela Renamo(2). Vale a penas ler este artigo!

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Destaco este comentário colocado na entrada acima intitulada:
Exmos senhores Mediadores Nacionais e Dr Mário Rafaelli – Mediador Chefe dos Acordos de Paz de Roma para Moçambique
A Imprensa nacional está anunciar em destaque sobre diálogo, mediação e vinda a Moçambique do Dr Mario Rafaeli para ajudar encontrar a Paz. Os senhores mediadores nacionais, Dr Mário Rafaelli e a Comunidade Internacional conhecem mal a realidade interna do nosso País que tomo desde já a ousadia de lhe revelar de modo a fazer contactos com conhecimento de causa.
Para facilitar aos leitores a situar bem a realidade de Moçambique vou narrar por pontos numerados.
1. Moçambique saiu da colonização Portuguesa para a colonização doméstica em que o Sul do país liderado pela etnia changana coloniza as regiões Centro e norte. Um individuo que tem pensamento e consciência no lugar sente e constata no seu espirito esta realidade
2. A situação da hegemonia da etnia shangana iniciou na luta armada quando elementos do sul nos três movimentos de libertação consideraram reaccionários elementos do centro e norte que discordavam com algumas posições que os shanganes tomavam na formação da Frente de Libertação de Moçambique.

3. Depois de vencer essa ala do sul, viram-se as execuções sumarias e campanha de exclusão contra os indivíduos do centro e norte.
4. Dai as regiões do centro e norte, foram consideradas repúblicas vassalas do sul, assumindo-se como zonas apenas para exploração da matéria-prima e bens de consumo para a metrópole – Sul.
5. Isto ficou testemunhado quando viu-se que todas oportunidades de desenvolvimentos foram encaminhadas para o Sul. Logo após a independência viu-se que todos dirigentes das instituições de estado e elementos decisores foram sempre elementos do sul e isto ainda continua. Na realidade o país ficou dividido ao meio sendo a fronteira o rio save.
6. As desigualdades de desenvolvimento quer colectivo e individual são mais assentes neste país. Os indivíduos do centro e norte são chamados chingondos e servos, indivíduos sem pensamento e nem cara para merecer dignidade.
7. Volvidos 41 anos desde que saiu o colonialismo português de Moçambique as zonas centro e norte ficaram mais marginalizadas do que no tempo do colono.
8. A Frelimo perdeu o controlo da gestão de Moçambique e implantou males que só podem ser corrigidos com alternância governativa.
9. O nível de corrupção, espirito de clientelismo, nepotismo, exclusão e deixa anda estão altos e por consequência não há nada que se adquire sem suborno sobretudo hoje para concorrer uma vaga de formação precisa pagar e o esquema está montado a partir dos ministérios, hoje para candidatar-se a um emprego precisa pagar valores altos. Nas multi nacionais empresas quem esta la a trabalhar com posições de chefia com regalias são elementos do Sul deste país. Nas embaixadas elementos que trabalham ai são do sul com posições de grande chefia.
10. O nível de criminalidade está aumentar e a Frelimo montou esquadrões de morte contra os opositores, com relatos de raptos e assassinatos.
11. O país hoje pertence aos estrangeiros e shanganes. O nacional vive como estrangeiro na sua própria terra, com políticas muito mas e prejudiciais as iniciativas locais de desenvolvimento.
12. Hoje muitas pessoas, sobretudo na zona rural, vivem em pobreza extrema nas zonas centro e norte.
13. Em Moçambique para indicar-se um gestor vai por amizade e fazer círculo de amiguismo para comer juntos e não por capacidade e competência de serviço. Muitos maus gestores continuam impunes a prejudicar o povo apadrinhados por seus amigos e familiares do topo. O nível de sabotagem no exercício de funções de chefia em Moçambique esta alto.
14. Não há democracia em Moçambique e a Frelimo continua a pensar que o pais é da sua pertença.
15. Nas 5ªs eleições que decorreram em Moçambique, a Frelimo nunca venceu, mas agarrou-se ao poder para garantir a sua sobrevivência e por medo de serem julgados os decapitadores da riqueza do povo.
16. Os senhores decisores da Frelimo oriundos do Centro e Norte nomeadamente: Aires Ali, Eduardo Mulembwe, Alberto Vaquina, Filipe Nyusi, Marcelino dos Santos, Eduardo Silva Nihia, José Pacheco, Margarida Talapa, Raimundo Pachinuapa entre outros sabem do colonialismo doméstico implantado neste país pelo Sul e os shanganes mas como estão folgados fazem de contas que nada está acontecer.
17. Volvidos 41 anos da saída do colonialismo português, a maior parte dos antigos combatentes estão muito pobres enquanto uma minoria está muito rica até aos dentes.
18. Para ludibriar aos Moçambicanos, a Frelimo canta cegamente unidade nacional e o país uno e indivisível enquanto o país está dividido ao Save desde 1975 e os shanganes estão a escravizar o centro e norte.
19. Entre viver numa exclusão extrema e ir a guerra para garantir estabilidade nas futuras gerações preferível guerra embora maléfica, porque o sul está a piorar na sua actuação de desprezo contra o centro e norte.
20. O não cumprimento do protocolo 4 da AGP serviu em grande medida como uma chamada de atenção da humilhação que a Frelimo ia fazer ao povo ao expulsar elementos da Renamo nas FADM.
21. A Renamo e seu líder Afonso Dlakama são neste momento a voz do povo oprimido pela igualdade de oportunidades entre todas etnias que constituem a identidade de Moçambique.
22. Senhor Mario Rafaeli, como se justifica que quem ganha em 6 das 11 províncias com maioria absoluta fica declarado perdedor das eleições e quem ganha em 5 com menor percentagem fica declarado vencedor e as reclamações da oposição são desprezadas?
23. Apos a fraude eleitoral, a Renamo bem aconselhada sugeriu governo de gestão, governo de unidade nacional e autarquias provinciais mas a Frelimo desprezou todas estas alternativas.
24. Na assembleia da república a Frelimo não aceita nenhuma ideia e sugestão da Oposição e impõe suas vontades. Que democracia se implantou?
25. Muitos académicos subornados pelo regime desdobram-se em campanha de desinformação para manter a Frelimo a humilhar as regiões centro e norte.
26. O senhor Mário Rafaelli deve visitar as zonas centro e norte e visitar a zona sul, dai fazer uma análise comparativa para depois saber mediar esse conflito para haver a paz.
27. O que vale haver paz no meio de muitos abusos de direitos humanos e exclusão, em que uma minoria é dona do país em detrimento da maioria?
Dito isto, o povo avança o seguinte:
a) O país deve considerar a institucionalização das regiões Federadas de modo a minimizar a humilhação do Sul contra o centro e norte.
b) Deve-se ir a governação de gestão como a Renamo propunha, ou então a Frelimo cai.
c) A Renamo arrisca-se em ser desacreditada para futuro.
Jorge Valente Namicopo-Nampula

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