09 de Março de 2016, 15:42
O ministro dos Combatentes de Moçambique, Eusébio Lambo, considerou hoje que os veteranos moçambicanos estão impacientes em ver as suas dificuldades resolvidas pelo Governo, apontando a superação de casos pendentes sobre pensões como premente.
Lambo enfatizou a urgência na solução dos problemas que afectam os combatentes da libertação nacional contra o colonialismo português e da guerra civil, quando falava durante a tomada de posse de novos quadros dirigentes do seu ministério.
"Cada um de nós tem de dar o melhor de si na busca de soluções para os problemas dos combatentes, porque eles estão impacientes e, às vezes, agressivos, na pressa com que querem ver as suas dificuldades ultrapassadas", afirmou o ministro dos Combatentes.
À margem da cerimónia de posse, Eusébio Lambo disse que o Ministério dos Combatentes, em coordenação com outros pelouros do Governo, deve acelerar a resolução de situações relacionadas com pensões mal calculadas e atribuição de pensões aos dependentes de veteranos já falecidos, nomeadamente às viúvas.
"Terminou em Dezembro do ano passado o processo de actualização do registo dos combatentes e ainda faltam algumas acções que nos possam permitir saber quantos somos afinal", disse Lambo.
Apesar de não haver dados conclusivos sobre o número de combatentes, o dirigente estimou em mais de 170 mil a cifra de pessoas com esse estatuto, incluindo os militares da luta contra o colonialismo e os da guerra civil.
Eusébio Lambo adiantou que no âmbito da melhoria das condições de vida dos combatentes será lançado em Abril um projecto de construção de casas, prevendo-se um lote de 15 mil habitações numa fase piloto.
Durante muitos anos, o Governo moçambicano apenas reconhecia o estatuto de combatentes aos que lutaram contra o colonialismo português.
Recentemente integrou nessa categoria os chamados combatentes pela soberania, atribuída aos ex-militares das forças governamentais da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e aos chamados combatentes pela democracia, atribuído aos ex-guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição, que protagonizaram a guerra civil de 16 anos, terminada em 1992.
PMA // EL
Lusa
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