"GOVERNO REITERA ANTE A RECUSA DA RENAMO: Paz passa pela aceitação ao diálogo"
PAICV de Cabo Verde e PAIGC da Guine Bissau exemplos de partidos libertadores
democráticos em Africa
A recente Victória do Movimento para Democracia MPD em
Cabo Verde nas eleições legislativas decorridas na semana passada é um claro
aviso aos regimes que sobretudo estão instalados na Africa Austral para sentirem
vergonha das fraudes que praticam. Essa vergonha deve ser um impulso para uma
verdadeira viragem rumo a verdadeira democracia para o bem do bem-estar de
todos. Os ideólogos dos três regimes brutais da Africa Austral FRELIMO, ZANU-PF
e MPLA que com a capa de libertadores dos respectivos países desfilam em
defender através de interpretações viciadas de leis, defesa de fraudes em
alegacão do cumprimento fictício de tais leis, devem colher ilações destes
movimentos democráticos que aqueles partidos irmãos PAICV e PAIGC mostram ao
mundo, ao se absterem das fraudes para se manterem eternamente no poder a
consolidar os diversos males graves que prejudicam a identidade dos seus
povos.
No caso de Moçambique, deve ficar claro que Frelimo é um partido
libertador e grande partido que libertou este país, mas isso não dá a
legitimidade de continuar a governar sem legitimidade sob alegacão de ter
libertado o país, pois que mesmo se não fosse a Frelimo surgiria um outro grupo
de nacionalistas que enveredaria pela luta de libertação porque a conjuntura
politica internacional não favorecia a continuação do colonialismo europeu em
Africa.
Fique claro que ninguém está contra o Partido Frelimo entanto
partido, mas sim o que está em jogo são os males que este partido implantou em
Moçambique com conivência dos seus variados ideólogos e que desfilam em defesa
desses males.
Hoje pululam por ai bandos de lambe-botas liderados por
psicopatas académicos em vários grupos uns a desinformarem a opinião pública
como foi o caso do bando do Gustavo Mavie que tanto fez para convencer a opinião
pública e neutralizar a consciência de viragem para a real convivência politica
e social.
Actualmente já apareceu outro bando constituído por uns tais
Inácio Natividade e Pedro Nacuo, cujos artigos estão fora do contexto das
tentativas de viragem das coisas para uma verdadeira democracia.
Os donos
radicais da Frelimo que se esforçam em manter a organização no poder não
perceberam que já estão velhos e que na próxima década vão morrer um por um por
velhice e deixando o país do estado em que se encontra, as futuras gerações
estarão divididas e com risco de lutas tribais. Os seus filhos não serão
suficientes para serem o testemunho duma verdadeira democracia ao se
apresentarem como os da classe nobre enquanto a maioria está numa extrema
pobreza.
A única forma de ajudar a Frelimo a sobreviver como um partido
histórico de Moçambique é chamar atenção dos males que criou e consolidou ao
longo dos tempos e que urge a necessidade de corrigi-los e não tentar defender
esses males porque esse partido caminha para o partido altamente repressivo em
que mesmo a maioria dos libertadores estão tao pobre que nunca. A Frelimo deve
aceitar ir a oposição para reflectir da sua história e chamar a consciência do
seu percurso, fazer correcções necessárias para se rejuvenescer de modo a
responder com mestria e sabedoria os desafios que vem lá a frente.
Versão 2, Dhlakama não quer ruidos nos mediadores
Ninguém
tem dúvidas da seguinte realidade em Moçambique, mesmo os espíritos sabem desta
realidade:
• Moçambique saiu da colonização Portuguesa para a colonização
doméstica em que o Sul do país liderado pela etnia changana coloniza as regiões
Centro e norte. Um individuo que tem pensamento e consciência no lugar sente e
constata no seu espirito esta realidade. Mesmo os grandes beneficiários desta
situação oriundo do centro e norte sabem disso.
• A situação da hegemonia da
etnia shangana iniciou na luta armada quando elementos do sul nos três
movimentos de libertação consideraram reaccionários elementos do centro e norte
que discordavam com algumas posições que os shanganes tomavam na formação da
Frente de Libertação de Moçambique.
• Depois de vencer essa ala do sul,
viram-se as execuções sumarias e campanha de exclusão contra os indivíduos do
centro e norte.
• Dai as regiões do centro e norte, foram consideradas
repúblicas vassalas do sul, assumindo-se como zonas apenas para exploração da
matéria-prima e bens de consumo para a metrópole – Sul.
• Isto ficou
testemunhado quando viu-se que todas oportunidades de desenvolvimentos foram
encaminhadas para o Sul. Logo após a independência viu-se que todos dirigentes
das instituições de estado e elementos decisores foram sempre elementos do sul e
isto ainda continua. Na realidade o país ficou dividido ao meio sendo a
fronteira o rio save.
• As desigualdades de desenvolvimento quer colectivo e
individual são mais assentes neste país. Os indivíduos do centro e norte são
chamados chingondos e servos, indivíduos sem pensamento e nem cara para merecer
dignidade.
• Volvidos 41 anos desde que saiu o colonialismo português de
moçambique as zonas centro e norte ficaram mais marginalizadas do que no tempo
do colono.
• A Frelimo perdeu o controlo da gestão de moçambique e implantou
males que so podem ser corrigidos com alternância governativa.
• O nível de
corrupção, espirito de clientelismo, nepotismo, exclusão e deixa anda estão
altos e por consequência não há nada que se adquire sem suborno sobretudo hoje
para concorrer uma vaga de formação precisa pagar e o esquema está montado a
partir dos ministérios, hoje para candidatar-se a um emprego precisa pagar
valores altos. Nas multi nacionais empresas quem esta la a trabalhar com
posições de chefia com regalias são elementos do Sul deste país. Nas embaixadas
elementos que trabalham ai são do sul com posições de grande chefia.
• O
nível de criminalidade está aumentar e a Frelimo montou esquadrões de morte
contra os opositores, com relatos de raptos e assassinatos.
• O país hoje
pertence aos estrangeiros e shanganes. O nacional vive como estrangeiro na sua
própria terra, com políticas muito mas e prejudiciais as iniciativas locais de
desenvolvimento.
• Hoje muitas pessoas, sobretudo na zona rural vive em
pobreza extrema nas zonas centro e norte.
• Em moçambique para indicar-se um
gestor vai por amizade e fazer círculo de amiguismo para comer juntos e não por
capacidade e competência de serviço. Muitos maus gestores continuam impunes a
prejudicar o povo apadrinhados por seus amigos e familiares do topo. O nível de
sabotagem no exercício de funções de chefia em Moçambique esta alto.
• Não há
democracia em Moçambique e a Frelimo continua a pensar que o pais é da sua
pertença.
• Nas 5 eleições que decorreram em Moçambique, a Frelimo nunca
venceu, mas agarrou-se ao poder para garantir a sua sobrevivência e por medo de
serem julgados os decapitadores da riqueza do povo.
• Os senhores decisores
da Frelimo oriundos do Centro e Norte nomeadamente: Aires Ali, Eduardo Mulembwe,
Alberto Vaquina, Filipe Nyusi, Marcelino dos Santos, Eduardo Silva Nihia, José
Pacheco, Margarida Talapa, Raimundo Pachinuapa entre outros sabem do
colonialismo doméstico implantado neste país pelo Sul e os shanganes mas como
estão folgados fazem de contas que nada está acontecer.
• Volvidos 41 anos da
saída do colonialismo português, a maior parte dos antigos combatentes estão
muito pobres enquanto uma minoria está muito rica ate aos dentes.
• Para
ludibriar aos Moçambicanos, a Frelimo canta cegamente unidade nacional e o país
uno e indivisível enquanto o país está dividido ao save desde 1975 e os
shanganes estão a escravizar o centro e norte.
• Entre viver numa exclusão
extrema e ir a guerra para garantir estabilidade nas futuras gerações preferível
guerra embora maléfica, porque o sul está a piorar na sua actuação de desprezo
contra o centro e norte.
• O não cumprimento do protocolo 4 da AGP serviu em
grande medida como uma chamada de atenção da humilhação que a Frelimo ia fazer
ao povo ao expulsar elementos da Renamo nas FADM.
• A Renamo e seu líder
Afonso Dlakama são neste momento a voz do povo oprimido pela igualdade de
oportunidades entre todas etnias que constituem a identidade de Moçambique.
•
Não se justifica que quem ganha em 6 das 11 províncias com maioria absoluta fica
declarado perdedor das eleições e quem ganha em 5 com menor percentagem fica
declarado vencedor e as reclamações da oposição são desprezadas. Se as eleições
são gerais nunca um individuo que apanha votos em poucos círculos eleitorais,
pode ser declarado vencedor.
• Na assembleia da república a Frelimo não
aceita nenhuma ideia e sugestão da Oposição e impõe suas vontades. Que
democracia se implantou?
• Muitos académicos subornados pelo regime,
desdobram-se em campanha de desinformação para manter a Frelimo a humilhar as
regiões centro e norte.
• O que vale haver paz no meio de muitos abusos de
direitos humanos e exclusão, em que uma minoria é dona do país em detrimento da
maioria?
Esta realidade deve ser abordada abertamente e sem reservas para
salvar a Frelimo da situação em que o partido se encontra. Alternância
governativa é a solução para a paz.
Já estamos no penúltimo dia de Março e
que sem a viragem politica que a Renamo prometeu mas ainda não há nada e o sul
se esforça em manter a colonização doméstica que existe. A Renamo arrisca-se em
ser descreditada na sociedade moçambicana se continuar a palhaçar o povo e
divertir como planos falsos.
Falar hoje de construção de salas de aulas,
estradas e infra-estruturas sociais no meio duma alta repressão não da para
aceitar. A inquietação hoje em dia é o servir, ver como estamos a servir a
maioria. A Frelimo é primeiro regime a cair dos três que ainda
sobrevivem.
Jorge Valente
Namicopo - Nampula
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