"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 14 de março de 2016

UIR acusada de raptar madeireiro

 
 
Por alegadamente ser homem da Renamo
• Até ao momento não se sabe onde e como está a vítima
Um madeiro foi raptado na manhã de sábado (12) por supostos homens da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) no distrito de Nicoadala concretamente no Posto Administrativo de Licuar. Trata-se de Isaías Rondinho, um madeireiro que pratica suas actividade no distrito de Morrumbala. Esta informação foi nos facultados por Tito Isaías, filho da vítima na manhã deste domingo, em conversa com a nossa redacção.
Tudo começou quando a vítima foi à casa do seu colega de trabalho para pedir por emprestado uma bateria para fazer o uso na sua viatura, dai foi surpreendido com oito homens da FIR altamente armados numa viatura Mahindra, o levaram para um lugar até agora incerto, explicou Tito.
O que pode estar por detrás deste suposto rapto?
Isaías Rondinho, o raptado, foi militar nas fileiras da Renamo aquando da chamada guerra de desestabilização e teve reputação notória na guerrilha. Olhando para o actual cenário político do país, a fonte diz que sem dúvidas esta pode ser a maior motivação. Porém, a fonte fez saber que actualmente o pai não era apoiante de nenhum partido e muito menos homem da Renamo, pois, segundo disse, tem estado a dedicar seu tempo nos seus trabalhos de madeireiro.

Este disse que após o pai ter sido levado, fizeram contactos com o posto policial de Licuar para perceber se havia sido lavrado algum mandato de captura contra a vítima, mas a resposta foi não, o mesmo aconteceu com o Comando Distrital de Nicoadala, base da UIR no mesmo distrito e o Comando Provincial da Zambézia, explicou. Segundo deu a conhecer, neste momento a família procura junto das autoridades explicações sobre o paradeiro da vítima mas ninguém diz nada a respeito.
Toda gente no mercado de Licuar até agentes da polícia aperceberam-se do que aconteceu e sabem dizer que eram sem dúvidas homens da FIR que levaram meu pai, o mais triste é que não há nenhum mandato de captura e mesmo sabendo do caso ninguém mexe um dedo se quer" – disse a fonte manifestando seu profundo constrangimento com o sucedido.
Por volta das 11:18min deste domingo (13), a nossa Reportagem tentou telefonicamente contactar a PRM na Zambézia através do seu respectivo porta-voz, Casimiro Primeiro, mas este não atendeu às três chamadas que efectuamos e até ao fecho desta edição nem se quer retornou. (Jacinto Castiano)
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 14.03.2016

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