segunda-feira, 26 de junho de 2017
O campo de Guebuza reage.... Dois dias depois do Governador do BM, Rogério Zandamela, dar justificativas sobre o processo do Mozabanco, um amigo meu, jovem intelectual frelimista; Guebuzista mas não militante do G40 (embora próximo ), irrompeu no meu inbox perguntando-me se i) não achava que as decisões de Zandamela tinham por fim tornar o sistema financeiro mais frágil?; ii) não podia ser ele uma peça do FMI numa estratégia que visa empurrar o país para ofertas de preços de gás muito baixos? Ontem, quando recebi a reação do Eye Monitor à divulgação do relatório da Kroll confirmei uma suspeita: o Eye era uma identidade colectiva que reincarnava o G40; uma extensão da propaganda do guebuzismo. Porquê? Por que as questões que o meu amigo me colocava estavam expostas no artigo do Eye como verdades absolutas. E toda argumentação era em defesa de Guebuza, atacando ferozmente o PR Filipe Nyusi. Minha ilação foi óbvia: o Eye representa o campo do guebuzismo; não é uma voz oficial mas transmite o que nas suas hostes é discutido. No texto de ontem um ataque ao tridente Nyusi/Mthumuke/Chipande e a tentativa de passar a ideia de que os 500 milhões foram recebidos por Nyusi ("que optou por receber menos equipamento militar que o encomendado"). Uma acusação falaciosa em face das conclusões da auditoria. O Eye antecipa a prisão para breve de Gregorio Leão, António do Rosário e Manuel Chang. Um atirar da toalha ao chão ou o qui pro quo para que o barulho da dívida fica encerrado de vez? Será mesmo que a coisa ficará por aqui? Será que vamos todos considerar perdidos os mais de 500 milhões de USD a troco de meia dúzia de anos de prisão de parte dos responsáveis pelo calote? Será?
1. MENSAGEM AOS MEUS COMPANHEIROS DE TRINCHEIRA
António Carlos Do Rosário, PCA da Proindicus, Ematum e MAM
Caros colegas e compatriotas, gostaria de vos felicitar por mais um aniversário da nossa independência nacional. Como sabeis, fomos brindados pelo relatório da Kroll que nos acusa, como gestores moçambicanos, de sermos os responsáveis pelo facto das empresas moçambicanas não estarem a operar e a gerar receitas. Não se devem deixar derrotar. Como oficiais das FDS vamos nos dar por satisfeitos pois conseguimos trabalhar com a Kroll e provar q sabemos o q fazemos e o q queremos. Conseguimos defender a Pátria de suspeitas infundadas. Isto é o q importa. Hoje já ninguém vai dizer que os projectos não existem e q o dinheiro foi desviado. Como sempre dissemos, a modalidade de contrato previa adiantamento na íntegra aos fornecedores em troca de bens e serviços q este nos forneceu e tem vindo a prestar, até hoje. Houve falhas da parte de Moçambique q ultrapassam as empresas, pois dizem respeito a instituições específicas do Estado moçambicano, não necessariamente do Governo. As acusações q são feitas a gestão das empresas moçambicanas não nos devem preocupar pois sabemos e provamos, nas várias sessões de trabalho q tivemos com o auditor q, como gestores, fizemos e temos estado a fazer, tudo ao nosso alcance para que as empresas comecem a operar. Aliás a EMATUM começou a operar em Dezembro de 2014 tendo, inclusive, começado a exportar para Ásia (China) e Europa. Os certificados de exportação são disso prova. A Kroll conhece quem sabotou o nosso trabalho para q a EMATUM ficasse paralisada e, dessa forma, forçar a venda dos barcos a agentes econômicos identificamos. Mas preferiu protege-lo. Pq? Devem imaginar. Esqueçamos isto pois se abrirmos este capítulo vamos nos distrair e perder foco e, no fim, beneficiar aqueles q querem que Moçambique continue de rastos. Agradeço-vos pelo apoio q me têm prestado na nobre missão de servir a Pátria e ao Povo moçambicano. Fizemos um juramento de dar as nossas vidas pela Pátria. Não devemos nos sentir constrangidos pelo facto dos nossos nomes e, quiçá a nossa honra, estarem a ser beliscadas. Ainda por cima por quem? Pela Kroll, q nós sabemos o quem realmente são e o q querem. Sinto-me feliz por ver a forma bastante negativa com que me atacam, pois isso prova q não cedemos a pressões e nem temos medo pelo facto de virem de onde vem. Lutamos taco a taco. Tudo indica q ainda estamos no começo da luta. Este ataque não é em vão. Tem haver com a nossa verticalidade e firmeza no q fazemos. Lembram-se do episódio em que corri com dois deles do meu gabinete pois queriam detalhes de questões sobre a segurança do Estado? Isso mesmo. E isso, para eles, é surpresa pois não esperavam q houvessem moçambicanos com convicções firmes. Para vocês deve estar claro q o tal indivíduo A sou eu. Daí a importância de queimar e fazer eco das críticas daqueles q, desesperadamente, querem nos (Forças de Defesa e Segurança) fora das empresas e do xadrez de negócios para tomarem o país de assalto. Isso é de menos. Temos de ser fortes e nos recordar daquele dito africano, segundo o qual, "homem forte não é quem derruba ou ofende o outro quando é ofendido mas sim aquele q se segura e não perde a lucidez em momentos de tensão". Vamos continuar a fazer tudo o q estiver ao nosso alcance para q logremos êxitos nos projetos. Hoje já temos uma marinha de guerra com meios e com quadros à altura q sabem o q uma marinha de guerra de um país com 2800Km de linha de costa deve fazer. Em 2010, não tínhamos um simples barco para perseguir piratas q se faziam transportar em semi-rígidos e sequestraram uma embarcação cuja recuperação implicou perda de vidas de moçambicanos. Hoje já temos dois estaleiros (um em Pemba e outro em Maputo) com tecnologia de ponta o q habilita a MAM a ombrear com gigantes internacionais na prestação de serviços a indústria de Oil&Gas. Hoje a ProIndicus esta habilitada a pentear a nossa Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e a não permitir q os desmandos q outrora aconteciam continuem acontecer. Q digam os armadores gatunos dos nossos recursos muitos dos quais vem dos países q encomendaram a auditoria. Daí a ira deles por termos mudado de provedor de serviço de satélite para um Moçambicano pois assim temos mais controlo das imagens e do nosso espaço. Sei q, como eu, devem estar a receber pressão familiar e dos q vos são próximos para q "abandonem o barco". Peço-vos para que não façam isso ... expliquem a eles q não há conquistas sem sacrifício. Recordem-se da resistencia heróica dos nossos antepassados e do sacrifício daqueles q lutaram pela independência do nosso país. Hoje esta em causa a nossa independência econômica. E esta não nos será dada de mão beijada. Como oficiais das FDS não escolhemos missão...Aos editores (não auditores pois se lerem bem o relatório verão q apenas editaram o q lhes foi dito, muitas vezes não por nós) vai o nosso apreço pelo trabalho muito profissional. Até breve, A Luta Continua! Independência Econômica ou Morte, Venceremos!
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