07/06/2017
Em julgamento!
- No banco dos réus estão altas patentes do exército moçambicano e pessoas estranhas ao Estado, mas com ligações amorosas com os militares
Iniciou, esta terça-feira, o julgamento dos militares e outras pessoas implicadas no caso do desvio de 36 milhões de Meticais das contas do Comando do Exército, numa acção que se prolongou por seis anos, ou seja, de 2010 a 2015.
São réus, neste processo, Ernesto Rufino, Aníbal Joaquim, Abdul Ismael e Hussene Ismael, todos oficiais das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), colocados no Comando do Exército, que durante os cerca de seis anos, criaram um esquema fraudulento de drenagem de fundos públicos para proveito próprio.
Além destes, estão, igualmente, no banco dos réus, pessoas estranhas ao Estado e ao exército moçambicano. São elas, Sónia Eugénio Cossa, Mónica Mário, Guilhermina Macaringue, Sara Agostinho, e Elsa Chilengue. Estas são tidas como pessoas que mantinham algum tipo de relação amorosa com os oficiais do exército. Nisto, contas foram criadas simplesmente para drenar fraudulentamente fundos do Estado.
Concrectamente, segundo a acusação lida ontem pelo representante do Ministério Público, os réus são acusados de burla e defraudação de forma continuada, abuso de cargo e de função, associação para delinquir e branqueamento de capitais. Segundo consta, os militares auferiam salários acima da folha salarial e até chegavam a ter dois salários num único mês.
Se sabe também que o esquema de empolamento de salários fazia com que oficiais com um nível salarial de 15 mil Meticais/mês chegassem a auferir mensalmente pouco mais de 100 mil Meticais.
O esquema funcionou normalmente por muito tempo pelo facto de os envolvidos ocuparem, à data dos factos, posições de chefia no gabinete de vencimento. No global, o Ministério Público acusou doze pessoas, das quais apenas nove compareceram ao tribunal. Dos três faltantes, um está foragido da justiça e estava afecta à província de Inhambane, uma encontra-se a estudar na China e um outro não pode ser constituído réu por ser menor de idade. Pensa-se que o menor de seis anos de idade, filho de um dos foragidos, esteve envolvido através de uma conta bancária que um dos acusados criou para despistar e depositar valores para uso posterior.
Ontem, apenas foi lida a acusação e hoje será o primeiro dia de audição dos implicados pelo tribunal que julga este que é mais um caso de delapidação dos parcos recursos financeiros do Estado. Hoje, a ideia é ouvir as acusadas Sónia Eugénio, Mónica Mário, Guilhermina Pedro, Sara Agostinho e ainda o réu Hussene Ismael. (Rafael Ricardo)
MEDIAFAX - 07.06.2017
Se sabe também que o esquema de empolamento de salários fazia com que oficiais com um nível salarial de 15 mil Meticais/mês chegassem a auferir mensalmente pouco mais de 100 mil Meticais.
O esquema funcionou normalmente por muito tempo pelo facto de os envolvidos ocuparem, à data dos factos, posições de chefia no gabinete de vencimento. No global, o Ministério Público acusou doze pessoas, das quais apenas nove compareceram ao tribunal. Dos três faltantes, um está foragido da justiça e estava afecta à província de Inhambane, uma encontra-se a estudar na China e um outro não pode ser constituído réu por ser menor de idade. Pensa-se que o menor de seis anos de idade, filho de um dos foragidos, esteve envolvido através de uma conta bancária que um dos acusados criou para despistar e depositar valores para uso posterior.
Ontem, apenas foi lida a acusação e hoje será o primeiro dia de audição dos implicados pelo tribunal que julga este que é mais um caso de delapidação dos parcos recursos financeiros do Estado. Hoje, a ideia é ouvir as acusadas Sónia Eugénio, Mónica Mário, Guilhermina Pedro, Sara Agostinho e ainda o réu Hussene Ismael. (Rafael Ricardo)
MEDIAFAX - 07.06.2017
Sem comentários:
Enviar um comentário