A província de Nampula é, actualmente, a única no país que produz o sisal em regime comercial, assegurando, além das receitas fiscais para o Estado, centenas de postos de trabalho nas plantações em cinco fábricas de processamento.
A Espanha é o principal destino da fibra, onde, a semelhança do que acontece em relação a alguns países asiáticos, é usada na indústria automóvel para o fabrico de acessórios, placas e calçado de vária gama.
Entretanto, uma pequena quantidade é fornecida á fábrica de cordas localizada na cidade nortenha portuária de Nacala, que assegura as necessidades do mercado interno.
Para responder à crescente demanda de fibra de sisal ao nível do mercado mundial, em particular na Europa, onde o movimento ambientalista está consolidado, a província de Nampula regista nos últimos tempos manifestações de interesse em fomentar a cultura de rendimento.
Frey Sualé explicou que uma empresa do ramo algodoeiro solicitou e foi concedida uma área estimada em 2.800 hectares no distrito de Monapo, com o propósito de praticar a cultura de sisal. A exploração daquela área será faseada este ano, prevendo-se que sejam plantadas mil hectares.
Relativamente as perspectivas do ano em curso, cerca de 5 mil toneladas de folha da cultura de sisal serão cortadas a partir de finais do corrente mês. Sualé anotou que os volumes de produção do sisal poderão registar uma ligeira queda, comparativamente às campanhas agrícolas anteriores, situação ditada pela queda tardia de chuvas que influenciou negativamente a disponibilidade de água para a rega das plantas na fase de seu desenvolvimento vegetativo.
As competências para o fomento e produção da cultura de sisal foram delegadas pelo governo ao IAM, no âmbito da estratégia visando a dinamização do subsector algodoeiro e integração de outras culturas com fins têxteis.
FF
AIM – 03.06.2017
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