"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quarta-feira, 14 de junho de 2017

A morte de Coutinho e os mandantes: Beatriz Buchili e Amélia Machava

terça-feira, 13 de junho de 2017


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4 h ·

Sindicato do crime organizado na PGR

Um dia todos nós vamos morrer, por isso não podemos ter medo de denunciar quem comete atrocidades contra o seu semelhante. Não restam dúvidas de que o denunciante tem de ser corajoso. É por isso que eu, Nini Satar, sempre dei a minha cara ao apontar o dedo aos verdadeiros criminosos.

A Procuradoria-Geral da República é o garante da legalidade, mas subverte este princípio. Pessoas há que são presas arbitrariamente, não se respeitam os prazos de prisão preventiva, mesmo depois de se ultrapassar os prazos de prisão preventiva, aparecem acusações prenhes de erros e quando o processo é atribuído ao tribunal, alguns juízes (provavelmente ex-alunos de João Trindade ) nem sequer investigam. Fazem copy and past da acusação do Ministério Público e condenam sem provas. E os condenados, por não terem dinheiro para pagar advogados, acabam apodrecendo nas cadeias. Esta é a verdade do que acontece no nosso país.

A morte de Coutinho e os mandantes

Após o assassinato macabro de José Ali Coutinho, eu, Nini Satar, postei uma matéria aqui no meu mural e acusava directamente Beatriz Buchili e Amélia Machava, Procuradora-Geral da República e Procuradora-chefe da cidade, respectivamente, de serem mandantes.

Ora bem: entre os dias 20 a 28 de Novembro de 2016 (um sábado), José Ali Coutinho foi retirado das celas do Comando em cumprimento de uma ordem da Procuradora-chefe da cidade, Amélia Machava. Foram interrogá-lo nas matas de Boane, na presença dos elementos dos esquadrões da morte e de uma Procuradora da província.

Coutinho foi barbaramente torturado para lhe arrancarem uma confissão e assassiná-lo, como sempre. Ele levou tanta porrada que não conseguia ficar de pé, conforme atestam os anexos 1, 2, 3 e 4. São imagens que falam por si. Estas torturas, meus senhores, foram feitas na presença de uma Procuradora (quais garantes da legalidade, qual carapuça).

Efectivamente, depois de tanta porrada, Coutinho acabou por aceitar tudo o que a Procuradoria queria. Se não morreu naquele dia, é porque a sua vez ainda não havia chegado. Posto isto, levaram-no de volta às celas do Comando, e foram alguns reclusos e carcereiros que lhe fizeram as fotos e me mandaram.

Anonimamente, fiz chegar as imagens ao Grupo Soico e no mesmo mês de Novembro estas imagens foram difundidas no telejornal da STV. Vendo as imagens, Beatriz Buchili deu ordens à Amélia Machava para que se adiassem os planos de mandar assassinar Coutinho. Existem gravações telefónicas desta conversa. Oportunamente colocarei ao dispor do povo moçambicano.

No dia 29 de Novembro do ano passado, dirigi uma carta à Beatriz Buchili, juntando imagens da tortura de Coutinho, conforme os anexos 5,6 e 7 (primeira e últimas páginas do documento). Disse que a mesma carta faria chegar a todas as embaixadas estrangeiras em Moçambique, Amnistia Internacional e a ONU. 
Pensei com esta denúncia não haviam de por o fim da vida dele.
O que verificou se foi o adiamento a morte de Coutinho.

Não devia ter sido aberto algum processo-crime contra os que torturaram Coutinho? Não se devia sancionar ou questionar à Procuradora que esteve presente no acto da tortura? Sabem porquê nada aconteceu? Porque a PGR estava envolvida!

Pouco tempo depois, José Ali Coutinho, um tal de Mabunda e Abdul foram acusados no “Caso Vilanculos”. Foi aberta a instrução contraditória e Coutinho provou que não tinha nada que ver com o assassinato do Procurador Vilanculos. Além disto, o advogado de Coutinho já tinha arguido a nulidade dos seus depoimentos prestados sob tortura. O Ministério Público e o juiz, por sua vez, ignoraram tudo. O juiz fez copy and past das acusações do Ministério Público e fez o despacho de pronúncia.

O advogado de Coutinho, não conformado com a decisão do juiz, recorreu ao Tribunal Superior de Recurso. Em Abril deste ano, uma Procuradora afecta ao Tribunal Superior de Recurso, teve a informação de que os excelentíssimos juízes desembargadores, nomeadamente os Doutores Gracinda da Graça Muambo, Manuel Guidione Bucuane e Ashirafo Aboobakar (todos afectos à 3ª Secção) haviam se reunido e que a deliberação seria a favor de Coutinho, correu e informou imediatamente a sua chefe, Beatriz Buchili.

Beatriz Buchili e Amélia Machava contactaram imediatamente os esquadrões da morte para assassinarem Coutinho. Foi por isso que naquele fatídico dia 24/4/17 foi tirado das celas do comando, sob pretexto de ser ouvido na primeira esquadra. A viatura que transportava Coutinho não tinha escolta e o motorista pertencia aos esquadrões da morte.

Metralhada a viatura, e porque não havia certeza de que Coutinho havia sido atingido uma vez que a viatura era de caixa fechada, arrebentaram o cadeado. Coutinho e José Muchanga (coitado este apanhou por tabela) foram tirados com vida e metidos numa viatura que se dirigiu para lugar incerto.

Foi nesse lugar onde foram algemados nos braços, tornozelos e tinham arames envoltos aos seus pescoços. A minha fonte disse-me que a intenção da PGR era sumir com qualquer vestígio de Coutinho para que qualquer crime que viesse a ocorrer depois disto, imputassem a Coutinho e a mim, Nini Satar, como mandante.

Ofereci dinheiro à minha fonte para que pelo menos me dissesse onde é que José Ali Coutinho havia sido enterrado. 
Com muita insistência,
A minha fonte investigou e disse que os corpos estão na mata da moamba assim que apareceram aquelas imagens difundidas pela STV desde a zona de Moamba. Quem exumou os corpos não teve dificuldades em reconhecer que aquele corpo era efectivamente de José Ali Coutinho, apesar de a Polícia tentar tapar o sol com a peneira. Os anexos 8e 9 mostram o corpo de Coutinho já em decomposição; o anexo 10 e 11 mostram a certidão de óbito.

As minhas fontes nunca falham

O Acórdão diz que Coutinho é Inocente.

No dia 16 de Maio, os mencionados excelentíssimos juízes desembargadores elaboraram um acórdão em que ilibavam completamente José Ali Coutinho pelo assassinato do Procurador Vilanculos. Os anexos 12.13 e 14reflectem o acórdão do Tribunal Superior de Recurso, assinado pelos três juízes.

Se Coutinho tivesse vivo estaria em casa com sua família.

Mais as ditas senhoras da procuradoria ditaram a lei do demônio!!!!

Mataram um homem inocente de uma forma estúpida e cruel e, como se não bastasse, a PGR fez o famoso comunicado de imprensa n°05/17/PGR a mentindo que Coutinho havia sido raptado pelos seus comparsas.

Não sei que moral tem a PGR para dizer tais mentiras sabendo que foi ela que engendrou o assassinato de Coutinho. Ademais, violou a presunção de inocência ao chamá-lo de criminoso, mesmo sabendo que qualquer cidadão é inocente até que a sentença transite em julgado.
No tal famoso comunicado de imprensa falou se de Coutinho e no fim aparece meu nome como eu tivesse feito uma associação criminosa lembram se do comunicado da PGR do dia 25/4/17 ? 
E agora que o Tribunal Superior de recurso ilibou o Coutinho?
A PGR calou se duma forma cobarde aliás como sempre!!!!

E mais: passam quase dois meses após o assassinato de Coutinho, a PGR ainda não veio a público esclarecer as circunstâncias que rodearam a sua morte. Ninguém do Comando e nem os que transportavam Coutinho foram processados ou detidos. Sabem porquê? Porque a PGR está metida nisto.

E mesmo depois do assassinato de Coutinho, Deus quis que a verdade viesse à tona. Coutinho foi ilibado pelo acórdão do Tribunal Superior de Recurso. A pergunta que faço é esta: até hoje há quem duvide que a nossa justiça é podre? Com uma justiça como esta, nenhum país desenvolve.

Só queria que Beatriz Buchili, Amélia Machava e tantos outros que têm casas protocolares recheadas com todo o luxo, viaturas Mercedes Benz, Ajudantes de Campo e tudo, soubessem que as mordomias um dia acabam. Não existem cargos eternos. Um dia olharão para trás com muita dificuldade. E gostaria de lhes dizer que esses recados que me têm mandado para que me cale, estão a perder o seu tempo. Eu não tenho medo de um ser humano. Continuarei a denunciar o que estiver errado.

PS: Por estes dias, Beatriz Buchili, para mostrar serviço, anda atrás de quem não pagou multas, ou de questões relacionadas com 100 ou 200 meticais. Não digo que seja mau. Todo o crime deve ser punido independentemente da sua grandeza . O que pretendo dizer é que devia concentrar os seus esforços cabalmente nas dívidas ocultas. O que é feito do relatório da Kroll? É isso que o povo quer saber. E os bandidos estão a ser investigados? Um dia serão presos?

Nini Satar

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