"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 29 de novembro de 2016

PONTO DE SITUAÇÃO DAS NEGOCIACÕES

terça-feira, 29 de novembro de 2016


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O processo negocial ainda está estagnado porque a frelimo não sabe o que  quer e nem sabe defender se, ou melhor, não consegue apresentar argumentos plausíveis que justifiquem a sua postura apática no processo negocial mas queremos acreditar que o impasse será ultrapassado porque há muita pressão interna e externa.
A renamo continua a exigir que a frelimo clarifique a sua posição. Também a renamo já fez saber que caso a situação continue como está, irá lançar operações militares de grande escala que culminarão com a ocupação das 6 provincias e assim resolver definitivamente este assunto. Por isso, é de esperar que o impasse negocial venha a ser ultrapassado a breve trecho porque se a renamo enveredar pela estratégia militar a frelimo sentir-se - à acuada e terá que fazer algo para evitar a derrocada.
Na cabeça da frelimo, a próxima reacção da renamo ao fracasso do processo negocial será a intensificação dos ataques nas estradas das regiões centro e norte e aos comboios da vale (que por acaso já recomeçaram a circular, eventualmente ao abrigo da trégua unilateral decretada pela renamo). O que a frelimo não sabe é que logo depois do fracasso desta ronda, a renamo vai transferir as operações militares para a zona sul paralelamente à tomada de todos os distritos e cidades capitais. A trégua que Dhlakama aceitou é apenas para permitir que os mocambicanos passem a quadra festiva num ambiente de paz e quiçá, para fazer um compasso de espera até chegar o momento ideal para ofensivas militares (as matas ficam mais densas a partir de finais de Dezembro).
Neste momento a frelimo está a sentir forte pressão internacional devido às dívidas. Muitos países dizem que enquanto o conflito militar não terminar em Moçambique, nada podem fazer para ajudar o país a resolver o problema da dívida. A dívida que estamos a falar não é a divida externa do estado moçambicano. Existe a dívida que o estado moçambicano andou a contrair, esta é a chamada dívida externa embora os dinheiros tenham sido mal e porcamente aplicados mas é nossa dívida soberana.
A outra dívida é a famosa dívida que alguns dirigentes da frelimo contraíram secretamente burlando os bancos internacionais e usaram este dinheiro para os seus negócios privados, só uma pequena percentagem foi usada para comprar armas para destruir a renamo e também para a vigilância electrónica aos mocambicanos através da empresa chinesa ZTE, bem como para melhor apetrechar os orgão de repressão do regime.
Então os donos dos bancos credores que deram dos milhões de dólares querem o seu dinheiro de volta e os ladrões da frelimo já não têm o dinheiro e estão a tentar transferir esta dívida ao estado mocambicano, isto é, uma dívida de alguém que foi enganar os bancos no estrangeiro e depois de "comer" todo o dinheiro quer que está dívida seja paga pelo estado. Quando dizemos "estado", estamos a dizer que será o povo moçambicano a pagar esta dívida e isto é uma brincadeira intolerável e a renamo jamais irá deixar passar este tipo de absurdo. O povo moçambicano unido do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Chinde não pode aceitar este tipo de ultraje.
O pior é que na verdade mais de 70% deste valor ainda existe mas os ladrões transferiram este dinheiro para bancos de Hong Kong e outros paraísos fiscais e os autores destes actos andam por aí impunes. Dois deles são de Gaza (Guebuza e Manuel Chang), outros tantos são de Mueda (Nyusi e Chipande) e o último é de Inhambane (Ernesto Gove). O normal seria prender estes indivíduos e congelar os seus bens. Os ladrões estão a tentar transferir a dívida para o ministério da defesa para evitar a auditoria internacional mas isto não vai resultar em nada. A frelimo agora vai ter que escolher entre perder todo o poder ou prender Guebuza e seus apaniguados.
O país assiste hoje a este tipo de aberração por falta da democracia e as instituições não funcionam porque estão ligadas ao partido frelimo, então os ladrões e déspotas da frelimo passeiam a sua classe e não querem que haja a paz e democracia, pois, desta forma, o governo pertenceria ao povo e a justiça poderá responsabilizar todos os tubarões e corruptos da frelimo. É por isso que a comunidade internacional quer que o conflito militar termine em Moçambique para que haja de facto a verdadeira democracia em Moçambique porque só assim haverá segurança para os interesses económicos estrangeiros e muitos outros investidores afluirao ao nosso país com garantia de segurança, isto é, sem guerra.
Com a democracia a funcionar plenamente e lei a ser cumprida por todos, os interessados em investir em Moçambique irão fazê lo sem receio. Por isso a paz e a democracia são a chave para o bem estar do povo mocambicano e o desenvolvimento económico. Mas nós como mocambicanos acreditamos que todas as manobras da frelimo terão o seu fim e a paz será encontrada para permitir que a democracia seja uma realidade.
Unay Cambuma

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