terça-feira, 22 de novembro de 2016
O Governo havia ordenado o enterro colectivo de algumas vítimas, alegadamente porque os corpos estavam irreconhecíveis. Os familiares das vítimas na tiveram a oportunidade de chegar perto dos corpos. A decisão do Governo foi tomada sem o parecer da Medicina Legal.
Depois do incêndio de proporções gigantes, que deflagrou a partir de um camião de combustível, que matou, até à noite de quinta-feira, 17 de Novembro, 75 pessoas e causou ferimentos a 100 pessoas, na localidade de Caphiridzange, no distrito de Moatize, na província de Tete, o Governo ordenou a abertura de uma vala comum para enterrar doze corpos, sobre os quais afirmava que estavam irreconhecíveis.
A vala tinha sido feita a escassos metros da rua onde o incidente ocorreu. A decisão do Governo foi unilateral. Os familiares das vítimas não tiveram a oportunidade de chegar perto dos corpos para o reconhecimento, nem a Medicina Legal foi chamada. A situação gerou uma indignação generalizada e com condimentos políticos à mistura, e acabou por se fazer a exumação dos corpos já enterrados, para efeitos de identificação pelos familiares, e um enterro condigno.
Depois do incêndio de proporções gigantes, que deflagrou a partir de um camião de combustível, que matou, até à noite de quinta-feira, 17 de Novembro, 75 pessoas e causou ferimentos a 100 pessoas, na localidade de Caphiridzange, no distrito de Moatize, na província de Tete, o Governo ordenou a abertura de uma vala comum para enterrar doze corpos, sobre os quais afirmava que estavam irreconhecíveis.
A vala tinha sido feita a escassos metros da rua onde o incidente ocorreu. A decisão do Governo foi unilateral. Os familiares das vítimas não tiveram a oportunidade de chegar perto dos corpos para o reconhecimento, nem a Medicina Legal foi chamada. A situação gerou uma indignação generalizada e com condimentos políticos à mistura, e acabou por se fazer a exumação dos corpos já enterrados, para efeitos de identificação pelos familiares, e um enterro condigno.
Geraldo Carvalho, deputado do Movimento Democrático de Moçambique, que se deslocou a Tete para acompanhar os desenvolvimentos da tragédia, contou ao nosso jornal que, depois da exumação, oito corpos foram reconhecidos pelos seus familiares sem intervenção da Medicina Legal, o que deita abaixo o discurso do Governo de que os corpos estavam irreconhecíveis.
“Os corpos foram exumados ontem [domingo, dia 20], por volta das 7h00”, disse Geraldo Carvalho.
Segundo o deputado, para a operação, o Governo enviou uma equipa da Medicina Legal, acompanhada por um contingente policial fortemente armado. Até carros blindados foram mobilizados.
A ideia era evitar uma eventual rebelião, devido à decisão irresponsável do Governo.
Frelimo transforma “Caphiridzange” num centro de protagonismo político
Na segunda-feira, o MDM, representado pelo deputado Geraldo Carvalho, juntou uma tonelada e meia de produtos diversos, incluindo farinha, peixe e óleo, para ajudar as famílias afectadas pela tragédia, mas não foi permitida a distribuição.
Um grupo de “líderes comunitários” impediu o MDM de proceder à distribuição dos produtos. Geraldo Carvalho contou, por telefone, que os “líderes comunitários” disseram que não foram informados da presença do MDM para fazer a distribuição dos referidos produtos naquele local. “Exigiram-nos credenciais ou outro documento que autorize a nossa presença e a distribuição de alimentos”, disse Geraldo Carvalho, acrescentando que, segundo declarações dos “líderes”, os produtos deviam ter sido deixados nas instalações do Governo de Tete.
Geraldo Carvalho diz que os “líderes” foram instrumentalizados pelo Governo, visto que quem ia prestar apoio é um partido da oposição. Para fundamentar a sua tese de instrumentalização, o deputado contou ao nosso jornal que, quando os elementos que levavam a ajuda abandonaram o local, um grupo de cidadãos, incluindo alguns afectados, pediram que o MDM deixasse os produtos, porque não tinham o que comer. Ainda para fundamentar a tese da instrumentalização, Geraldo Carvalho contou que a OJM, braço juvenil da Frelimo, distribuiu no domingo, 20 de Novembro, produtos diversos às famílias afectadas, mas não lhe foi exigido qualquer tipo de documento. (André Mulungo)
CANALMOZ – 22.11.2016
“Os corpos foram exumados ontem [domingo, dia 20], por volta das 7h00”, disse Geraldo Carvalho.
Segundo o deputado, para a operação, o Governo enviou uma equipa da Medicina Legal, acompanhada por um contingente policial fortemente armado. Até carros blindados foram mobilizados.
A ideia era evitar uma eventual rebelião, devido à decisão irresponsável do Governo.
Frelimo transforma “Caphiridzange” num centro de protagonismo político
Na segunda-feira, o MDM, representado pelo deputado Geraldo Carvalho, juntou uma tonelada e meia de produtos diversos, incluindo farinha, peixe e óleo, para ajudar as famílias afectadas pela tragédia, mas não foi permitida a distribuição.
Um grupo de “líderes comunitários” impediu o MDM de proceder à distribuição dos produtos. Geraldo Carvalho contou, por telefone, que os “líderes comunitários” disseram que não foram informados da presença do MDM para fazer a distribuição dos referidos produtos naquele local. “Exigiram-nos credenciais ou outro documento que autorize a nossa presença e a distribuição de alimentos”, disse Geraldo Carvalho, acrescentando que, segundo declarações dos “líderes”, os produtos deviam ter sido deixados nas instalações do Governo de Tete.
Geraldo Carvalho diz que os “líderes” foram instrumentalizados pelo Governo, visto que quem ia prestar apoio é um partido da oposição. Para fundamentar a sua tese de instrumentalização, o deputado contou ao nosso jornal que, quando os elementos que levavam a ajuda abandonaram o local, um grupo de cidadãos, incluindo alguns afectados, pediram que o MDM deixasse os produtos, porque não tinham o que comer. Ainda para fundamentar a tese da instrumentalização, Geraldo Carvalho contou que a OJM, braço juvenil da Frelimo, distribuiu no domingo, 20 de Novembro, produtos diversos às famílias afectadas, mas não lhe foi exigido qualquer tipo de documento. (André Mulungo)
CANALMOZ – 22.11.2016
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