"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 29 de novembro de 2016

“Interesses particulares estão a atrasar a paz e a vida dos moçambicanos”


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Bispos católicos voltam à carga
Os bispos católicos emitiram mais uma Carta Pastoral, onde expõem a sua preocupação em relação à falta de consenso entre o Governo e a Renamo para o restabelecimento da paz e da livre circulação de pessoas e bens. No documento, os bispos católicos dizem que há interesses particulares que estão a atrasar a obtenção da paz.
“Deploramos que, por causa de interesses particulares e ocultos, se atrase a pôr ponto final a este conflito armado, que continua a semear no seio da família moçambicana luto, dor medo, ansiedade, angústia, insegurança”, lê-se na Carta. Segundo os bispos, o conflito está a comprometer “o curso normal da vida social e o futuro de Moçambique”.
Dívidas escondidas, fome e sequestros
No documento, os bispos manifestam-se também preocupados em relação às dívidas escondidas, à fome e às calamidades naturais.
“Com profunda mágoa, porém, constatamos o grande sofrimento do nosso povo devido às calamidades naturais, seca e inundações, que deixam as populações numa situação de fome e insegurança alimentar”, escrevem os bispos. “E devido à crise económica, ao endividamento, ao recrudescimento da tensão político-militar, a generalização da violência e ao desrespeito pelo valor da vida: linchamento, queimadas de casas, lamentamos igualmente atitudes e acções de intolerância, arrogância e indiferença pelo contínuo grito de toda a sociedade moçambicana: paz, paz, diálogo”. (André Mulungo)
CANALMOZ – 29.11.2016

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