"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Adriano Maleiane: “Peço paciência aos moçambicanos, ainda vamos sofrer” POR NINI SATAR




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Momade Assife Abdul Satar adicionou 2 fotos novas

Antes de integrar o Governo de Filipe Nyusi, Adriano Maleiane tinha a ficha incólume. Era respeitado. Não sei se agora ainda assim o é. Provavelmente até pode ser considerado o pior ministro das Finanças que o país já teve.

Poucos dias depois de terem sido despoletadas as dívidas escondidas, Maleiane serviu de mensageiro do Governo. Foi ele quem disse que tal não iria afectar em nada o bolso dos moçambicanos. Nem um ano passou e agora pede “paciência aos moçambicanos”, porque “ainda vamos sofrer”. Quid juris?

Não sei em que arrazoados se baseou Adriano Maleiane para pronunciar as suas primeiras declarações. O facto é que a verdade, nua e crua, mostra agora que os moçambicanos estão a pagar, a peso de ouro, as dívidas da Ematum e companhia.

Foi de uma leviandade sem par Maleiane ter dito o que disse. Também aprendeu, rapidamente, a arte de mentir? Até quando este povo irá comer o pão que o diabo amassou? E amassou da pior forma. Adicionou areia ao trigo. Isto sabe à podridão.

Talvez o que Maleiane quis dizer é que as dívidas da Ematum não vão afectar o seu bolso e o dos seus colegas do Governo. Tenho dúvidas que eles estão a passar pelas mesmas dificuldades que a maioria do povo moçambicano. Eles até ainda continuam a importar whiskies!!!

Aos meus amigos e seguidores do Facebook, hoje vos trago uma matéria que tanto circulou nas redes sociais, mas podem não ter dado por isso. isto foi depois de o novel governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, ter anunciado a dissolução do “falido” Nosso Banco.

Trata-se de um Diploma Ministerial n° 61/16. Reparem para a foto dois do mesmo diploma: o regulamento foi aprovado pelo Decreto n° 49/2010 de 11 de Setembro. Contudo, só foi publicado a 29 de Março de 2016. Portanto, seis anos depois pelo actual ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane.

Não tenho dúvidas que Adriano Maleiane e o antigo governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, previam que alguns bancos iriam sucumbir. Dai a entrada em vigência da norma.

E é este mesmo diploma que agora, como uma faca bem afiada, cortou a esperança dos que haviam depositado as suas parcas migalhas no sucumbido Nosso Banco. Agora é só rezar à espera de dias melhores, enquanto Maleiane e a cúpula governamental vivem no bem bom, alheios à realidade que aflige aos moçambicanos.

Já pensaram se as eleições gerais fossem amanhã?

Um abraço amigos

Nini Satar


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